22/06/2016

Notícias MAI-JUN/16

21/06/2016

Errais em não conhecer as Escrituras (Mateus 22:29)

Por Israel C.S. Rocha.

Jesus nos admoestou:

Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. (Mateus 22:29b)

E Oséias nos advertiu acerca das consequências de não conhecê-las:

porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos. (Oséias 4:6)

Ignorar a Palavra é abrir as portas do coração à heresia, não ler a Bíblia é confiar que outros a lerão e ensinar-te-ão corretamente de forma isenta de interesses e manipulação. Mas a mesma Bíblia diz:

Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR! (Jeremias 17:5)

Colocar nossa confiança em homens ao invés do Senhor é maldição. Muitas heresias tomam as igrejas como tomou a Igreja Católica pela absoluta inobservância das Escrituras. Como por exemplos:

Salvação pelas obras

O ladrão da cruz não tinha boas obras mas foi salvo por Jesus Cristo por que creu que Ele era o Filho de Deus.

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. (Lucas 23:42,43)

Jesus e os apóstolos nos ensinaram que a salvação é unicamente pela Fé em Jesus Cristo e as obras acompanham aqueles que foram salvos, são consequência da salvação:

E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. (Atos 16:30,31)
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:40)
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (João 3:17,18)

O ladrão da cruz se dela escapasse certamente faria boas obras por ter sido salvo por Jesus Cristo. As obras ser-lhe-iam consequência da salvação e não agente partícipe dela.

Todavia precisamos ter boas obras, precisamos produzir bons frutos. Quando salvos somos enxertados na Videira Verdadeira que é Cristo (João 15:1), logo não há outra maneira senão produzir bons frutos. Os bons frutos são evidência de uma boa árvore e árvore que não produz bons frutos será lançada no fogo, tal como Jesus ensinou:

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mateus 7:17-20)
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador (...). Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. (João 15:1 e 6)

Tiago destaca:

Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tiago 2:26)

Porém, concordo com Martin Luther:

O evangelho de João e sua primeira epístola, as epístolas de Paulo, especialmente Romanos, Gálatas e Efésios, e a primeira epístola de Pedro são livros que te mostram Cristo e te ensinam tudo o que é necessário e salvífico conhecer, ainda que jamais vejas ou escutes outro livro ou doutrina. Por isso a epístola de Tiago, comparada com eles, é realmente uma epístola de palha, já que não há nenhuma característica evangélica nela.
Mesmo que tenha sido rejeitada pelos antigos, eu louvo esta epístola e a considero boa, pelo fato dela não propor doutrina humana, e por promover duramente a lei de Deus. Para dar minha opinião, porém, sem prejuízo de ninguém, considero-a não escrita por apóstolo. Primeiro porque, contrariamente a Paulo e toda a Escritura, ela dá justiça às obras.

Segundo, porque ao querer ensinar a cristãos, não lembra em sua longa doutrina o sofrimento, a ressurreição, o Espírito de Cristo. Tiago não faz outra coisa do que instar para a lei e suas obras, misturando tão confusamente uma coisa na outra que imagino que tenha sido algum homem bom e piedoso que captou alguns ditos de discípulos dos apóstolos e assim os lançou sobre o papel.

Designa a lei como lei da liberdade (Tiago 1.25), sendo que Paulo a chama de lei da servidão, da ira, da morte e do pecado (Gálatas 3.23 e Romanos 7.11,23). Em suma, ele quis combater os que confiavam na fé sem obras, e foi fraco demais. Quer alcançá-lo pela promoção da lei, quando os apóstolos o conseguem atraindo para o amor. Por isso eu não posso colocá-lo entre os livros principais, mas com isso não quero impedir ninguém a fazê-lo, e a destacá-lo como lhe apetece, pois no mais contém muitas boas afirmações.

(Fonte: Portal Luteranos).

Deus é o único agente da Salvação não as obras, mas as obras são um sinal da salvação. Adão trouxe a Morte ao mundo e Jesus a vida eterna aos salvos:

Pela desobediência de Adão o pecado entrou no mundo e pela obediência de Jesus muitos serão justificados:

Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.

Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. (Romanos 5:17-21)

Somente o Sangue de Cristo nos redime do pecado, não as obras.

E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, (Efésios 1:5-7)

Imagem de escultura

As Escrituras são claras:

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. (Êxodo 20:4)

Este é o Segundo Mandamento da Lei Mosaica reiterado veementemente no Novo Testamento:

E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.

Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. (Romanos 1:23-27)

A construção de imagens é blasfêmia aos olhos do Deus Vivo. Jeremias advertiu-nos claramente contra essa antiga prática pagã:

Os costumes religiosos das nações são inúteis: corta-se uma árvore da floresta, um artesão a modela com seu formão; enfeitam-na com prata e ouro, prendendo tudo com martelo e pregos para que não balance.

Como um espantalho numa plantação de pepinos, os ídolos são incapazes de falar, e têm que ser transportados porque não conseguem andar. Não tenham medo deles, pois não podem fazer nem mal nem bem. (Jeremias 10:3-5)

Essa prática do paganismo romano foi introduzida na Igreja por Constantino a partir de 321 d.C. e mantida até hoje e mesmo por crentes fiéis em Jesus Cristo, mas que foram levados ao erro por não conhecerem as Escrituras.

Precisamos voltar ao verdadeiro evangelho de Cristo e isto inclui obediência à Deus e aos princípios basilares da Fé. Deus é zeloso e não reparte Sua Glória com ninguém. Não podemos adorar ou sequer construir uma imagem de coisa alguma à "semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (Êxodo 20:4-5).

Reverenciar uma imagem de Jesus pregado a uma Cruz é desprezar Sua ressurreição dos mortos e que está assentado ao lado do Pai como Rei dos reis e Senhor dos Senhores - melhor é lembrar de Seus sacrifício substitutivo, definitivo e perfeito com a Cruz vazia, simbologia adotada por algumas denominações evangélicas. Precisamos voltar à Palavra, não à trechos isolados, não a silogismos e sofismas infantis, mas à Palavra e mediante seu diligente estudo e busca com discernimento do Espírito Santo.

Vocês sabem que, quando eram pagãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos. Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo.

Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.

Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer. Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. (1 Coríntios 12:2-12)

E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. (Tiago 1:5,6)

Conclusão

Precisamos estudar e meditar nas Escrituras. Elas contém "tudo o que é necessário e salvífico conhecer". Erramos em não conhecê-las (Mateus 22:29) e nos tornamos alvos fáceis a todo vento de doutrina e heresia.

19/06/2016

Pregações que Edificam...

18/06/2016

Não há felicidade fora de Cristo

Por Israel C.S. Rocha.

O mundo sofre pela opção que fez em negar a Deus. Julga-se ele buscar a razão tendo por meta a supressão da religião e da dita "retrógrada" cultura judaico-cristã. Não se apercebe do óbvio que quanto mais alcança este objetivo mais a sociedade colapsa, mais a violência aumenta, mais o ódio, o islã e as agendas ocultas avançam. Não! O cristianismo não causa ódio ou qualquer "fobia". Se realmente a seguirmos daremos a outra face e morreremos clamando a Deus por misericórdia pelos nossos algozes.

A "Santa Inquisição" nunca foi cristã, mas um artifício político e militar para garantir o poder absolutista papal. Os profetas avisaram sobre esse terrível período da História e há ricos estudos sobre o tema. O problema é que por erroneamente as pessoas acreditarem ser isto o cristianismo, chegou-se a conclusão "óbvia": o mundo não precisa de religião!

Deste tipo eu também concordo que não, mas deixar os padrões cristãos de conduta é abraçar o caos, a falência social, a degradação dos valores morais e o colapso de nossa espécie. Jesus Cristo nos deixou dois mandamentos:

Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas (Mateus 22:36-40)

Sem amarmos a Deus sofreremos a dor excruciante da perda de entes queridos e a angústia da uma vida sem esperança e de uma morte sem sentido. Sem amarmos a Deus, estamos condenados à absoluta infelicidade mais cedo ou mais tarde. Sem amá-Lo não se pode obedecê-lo e sem isto estamos fadados à escravidão da carne. O homem sem Deus é só perversidade, mentira, violência, engano, traição... não há bondade fora de Deus, não há virtude fora de Deus!

Sem amar ao próximo, não há compaixão, não há misericórdia o que leva a adoção do aborto, guerras, torturas, fome, concentração de riquezas, mendigos congelando até a morte em São Paulo, estupros, pedofilia e toda sorte de abismos!

Não há felicidade sem Deus! E não há felicidade fora dos ensinos de Deus! Não! O cristianismo não manda matar homossexuais! Nem persegui-los, mas nos insta a evangelizá-los e mostrar que tal conduta desagrada a Deus e torna uma vida feliz e saudável impossível; assim como o é para os adúlteros, mentirosos, feiticeiros, idólatras...

O pecado destroi, corroi a alma, seca o espírito, drena nossas forças e aniquila a felicidade. E a solução para suportar tal agonia será uma vida dopada por drogas, bebidas e escravidão sexual.

Deus quer sua felicidade e te deu todos os meios para isto. Tens a Bíblia para te ensinar, o Espírito Santo para te guiar e o sangue de Cristo para te libertar. Ande na contramão do mundo! Não o siga rumo às profundezas do colapso iminente! Caminhe na direção oposta com Cristo. Seus pecados serão perdoados e mesmo de você cair, Jesus estará contigo para colocar-te em pé novamente. O mundo rejeita a Cristo! O mundo O odeia e quanto mais o faz mais se afunda! Salve-se enquanto é tempo, ouça enquanto podes, pois logo não haverá mais tempo! Logo o mundo lamentará com prantos e ranger de dentes a escolha que fez em negar a Cristo Jesus, em virar as costas para Deus!

O fim vem! E quanto mais dele nos aproximamos mais tenebroso o mundo fica! O Cálice da Ira de Deus transbordará para dar a cada um o que plantaram e que horrendo será cair nas mãos do Justo Juiz com o qual não se pode barganhar. Confesse Jesus! E experimente a felicidade da salvação que é acima das circunstância, pois mesmo na morte, vencemos!

Que esta Palavra encontre os corações que o Senhor aprouver! Amém!

14/06/2016

Não siga seu coração!

Por Israel C.S. Rocha.

O mundo nos tem ensinado a seguir o coração, a fazer o que ele manda, a gostar do que lhe apraz, a amar a quem ele deseja. Mas o profeta Jeremias nos adverte...

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer? (Jeremias 17:9)

Também o fez o sábio rei Salomão:

Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte. (Provérbios 16:25)

Erramos quando confiamos em nosso coração ou nos deixamos levar por ele. O coração é falho, é enganoso e perverso, dele procedem os maus pensamentos, adultérios, prostituição, morte e blasfêmia...

Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mateus 15:19).

Ouvir a voz do coração é entregar-se ao acaso da sorte de forma tão insensata quanto a entregar-se a um jogo de azar. O coração é enganoso, julga pela aparência e não pela essência, pela circunstância e não pela verdade, julga pelo sentimento, pelas descarga hormonais, pelo desejo, pela vontade... nos leva a caminhos de morte, nos faz caminhar por becos obscuros sem perceber os riscos e o perigo iminente. Não confie no seu coração.

Tampouco estribes no teu próprio entendimento (Provérbios 3:5), tampouco siga sua razão. Saiba que sua vontade não é livre, mas sim escrava da genética, do contexto social, da propaganda, da "cultura" de massas, dos interesses, das versões contadas nos livros escolares, dos filmes, das banda de música, das novelas, etc, etc, etc... a roupa que você usa não foi você quem escolheu, você só foi levado a acreditar que o fez de forma livre e autônoma, mas não é bem assim... somos frutos de anos de programação neurolinguística, de doutrinação e domesticação mental. Aparecemos no mundo e não nos damos conta dos que já estavam nele e dos que já passaram por ele. Do legado que deixaram, da manipulação, da "desinformação" de massas etc...

Suas decisões não são livres! Sua razão não é livre! E muitos caminhos apontados por ela como seguros também são perigosamente mortais. Não devemos confiar no coração ou na razão. Pois um é cego e enganoso; e a outra é manipulada e domada.

Precisamos ouvir o que Salomão aprendeu e nos aconselhou:

Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. (Provérbios 3:5-7)

Ou como o salmista nos admoesta:

Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais Ele fará. (Salmos 37:5)

Deus é a única nossa confiança e esperança. Tudo o mais é falho e corruptível. Apresente seus planos a Deus, seu trabalho, seu pretendente, seu namorado(a), seu marido ou esposa, seus filhos, seus colegas de trabalho. Apresente a Deus seus estudos, suas metas, confie unicamente no Senhor! Nem no seu braço, nem na sua força, nem na sua capacidade, nem na sua inteligência, não se estribes nisso, mas unicamente em Deus! Confiar em homens ou em si é atrair maldição...

Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! (Jeremias 17:5)

Confie unicamente em Deus. Apresente sua vida a Ele, apresente-lhe seus problemas e Ele lhe guiará por seguro caminho, Ele preparará ajudadores. Confie no Senhor ó filho de Deus. Confies e será bendito...

Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. (Jeremias 17:7)

Mas para confiar a Deus é preciso ter a Deus como Senhor e só há uma forma de ter a Deus: ter a Jesus Cristo!

Todo o que nega o Filho de igual forma não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai. (1 João 2:23)
Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. (1 João 5:12)

É preciso ter Jesus! O Filho de Deus morto pelos pecados de muitos, o Sangue de Cristo derramado no madeiro para remissão dos pecados! Sem Ele não se tem a Deus.

Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. (1 João 4:15)

É preciso confessar que Ele veio em carne e ressuscitou dos mortos...

Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus. (1 João 4:2)
Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.(Romanos 10:9b)

Confesse Jesus! Confies em Deus. reconheça-O "em todos os teus caminhos, e Ele endireitará a tuas veredas" (Provérbios 3:6). Confesse Jesus Cristo!

11/06/2016

O Homem faz Planos, mas é Deus quem a tudo determina

Por Israel C.S. Rocha.

Por vezes nos esquecemos dos rudimentos basilares, os princípios básicos da fé. Esquecemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28) e nada escapa ao controle absoluto do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Os homens tramam e maquinam, armam ciladas e arapucas crendo terem a rédea do destino e o cetro do poder em sua mãos. Ignoram eles que os intentos de seus corações são intentos do Senhor para revelar os ímpios e os justos. O mesmo Deus que endureceu o coração de Faraó, colocou nestes homens o mesmo intento.

Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor. (Provérbios 16:1)

Quando Moisés foi enviado por Deus a interceder pela libertação do povo junto a Faraó, este teve seu coração endurecido por Deus para não deixar o povo ir e para assim conhecer o poder e a glória do Deus Vivo.

Porém o Senhor endureceu o coração de Faraó, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito a Moisés. (Êxodo 9:12)

Da mesma maneira, Deus tem endurecido e guiado os corações dos "senhores do mundo".

Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. (Apocalipse 17:17)

Portanto pouco importam o que tramam os grupos iluminatti, Bohemian Grove, Skull & Bones, Maçonaria, Rosa-Cruz, Cientologia, ISIS, marxistas-leninistas, CIA, Instituto do Templo, convenções e ministérios apóstatas, políticos, militares ou religiosos. Não importam seus planos, por que a última palavra será a de Deus. Quanta mais tramava Faraó contra o povo hebreu, mais ele crescia e se fortalecia no Senhor. Assim, a despeito dos rastros químicos (chemtrais), vacinas, zyka, terrorismo, satanismo, pedofilia, bestialidade, homossexualismo, ocultismo, feitiçaria e tantas outras artimanhas e arapucas maquinadas pelos "faraós" contemporâneos, é Deus quem dá a última palavra. É Deus quem os julgará e é Deus quem livrará seu povo da Ira Vindoura.

Não devemos temê-los, pois podem apenas matar a nossa carne; temamos unicamente Àquele que pode lançar nossa alma no Inferno, Àquele que sonda os corações e que recompensará a cada um suas obras.

E, não temais os que matam o corpo, mas não têm poder para matar a alma. Temei antes, aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. (Mateus 10:28)
O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego. (Romanos 2:6-9)

Não importa pelo que estejas passando, Deus é quem dá a palavra final, não o juiz, não a medicina, não o presidente, não o gerente, não os ministros, não os militares, nem tampouco as hordas de satanás, mas unicamente Jesus Cristo.

Entregue sua aflição à Ele, o Deus que cura, o Deus que liberta, o Deus que batiza com o Espírito Santo, o Deus da nossa segurança eterna, o Deus de nossa Vida aqui e na Eternidade. Glória pois a Ele eternamente. Amém!

Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais Ele fará. (Salmos 37:5)

04/06/2016

Onde está JESUS na sua Vida?

Por Israel C.S. Rocha.

Amado leitor. Não intento neste artigo ser o dono da verdade, mas intento, pregar a Verdade. Pois se prego a Verdade e não sou ouvido, culpa alguma recai sobre mim, mas se o que prego não é a Verdade e sou ouvido, torno-me culpado.

Ao longo de minha caminhada cristã, tenho aprendido e amar e desejar a exortação e a repreensão, pois, as palavras que ofendem nossa carne vivificam nosso espírito. O verdadeiro amigo não é aquele que te diz o que desejas ouvir, mas sim, o que precisas. Imbuído deste espírito e intenção, leiamos os versos um a três do quarto capítulo da Primeira Epístola do Apóstolo João:

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;

E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo. (1 João 4:1-3)

Amado, permita-me lhe perguntar: Onde está Jesus na sua vida?

Muitos tem Jesus em sua religião, mas não em suas vidas e também creio que alguns o tenham em sua vida, embora não tenha em sua religião.

Nasci e cresci em um ministério genuinamente cristão, oriundo do nobre trabalho missionário de Gunnar Vingren e Daniel Berg, mas, hoje conheço poucas denominações mais corruptas que esse ministério. Jesus não está mais ali, embora esteja na vida de muitos que naquele lugar professam sua religiosidade. Assim o creio com relação a várias outras religiões e denominações... muitas não tem a presença do Senhor em suas doutrinas, em suas músicas, em suas lições dominicais em suas pregações e ministrações, embora muitos que ali frequentam tenham a Jesus Cristo. São como Daniel na Babilônia que não se contaminam com os "manjares", mas permanecem firmes na fé.

O que quero dizer é que não importa sua religião, sua ideologia, sua filosofia, mas importa se Jesus está na sua vida. Importa confessar que Jesus Cristo veio em carne, habitou entre os homens ensinando a Palavra de Deus em absoluta obediência à Vontade soberana do Senhor. Ele em tudo foi tentado, mas em nada pecou, mesmo vestido de toda a fragilidade humana, mesmo tão vulnerável carnalmente quanto qualquer um de nós, deu-nos o referencial de santidade, piedade e misericórdia, vivendo diligentemente uma vida de oração e consagração. Jesus veio em nome do Pai e era um com Ele; foi crucificado, ressuscitou ao terceiro dia e assentou-se À direita de Deus-Pai como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Pelo Sangue de Jesus Cristo derramado em seu sacrifício substitutivo e definitivo, os filhos de Deus por adoção em Seu primogênito Filho, foram redimidos do pecado e serão poupados das chamas do Fogo Eterno do Inferno.

Jesus mesmo disse ser o Caminho a Verdade e a Vida, e que ninguém vai ao Pai senão por Ele. Jesus é nossa única forma de redenção, de "evolução espiritual", de remissão. Somente seu Sangue redime o pecador de seu pecado, somente o sangue do Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo. Sem Jesus não se pode ter ao Pai e não há vida fora dele!

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6)

Assim, novamente insto: Onde está Jesus na sua vida?

Não importa seus vícios! O mesmo Jesus que salva, cura e batiza com Espírito Santo, também liberta. Uns de forma instantânea, outros em um processo mais lento, mas todos quantos creem no Senhor, são salvos. Basta crer em Jesus! Basta confessar Jesus!

Não importa o que você já fez de errado! Para um grande pecador há um grande pecador: Jesus Cristo. Somente para a blasfêmia contra o Espírito Santo não há perdão, por isso, por pior que seja o que você tenha feito, ainda há uma esperança de salvação para você, é exatamente isto do que se trata o evangelho, que quer dizer boas novas: a novidade de vida que há em Jesus Cristo para você!

Mesmo nu, enfermo ou jurado de morte, a salvação lhe é possível: basta crer em Jesus Cristo. O ladrão de Cruz não teve tempo de pedir perdão a quem ele prejudicou, não teve tempo de dar bom testemunho. Ele tinha uma vida destruída e aguardava uma dolorosa morte chegar, mas viu um inocente pregado em uma cruz e enxergou nele o Cristo. Também havia outro ali naquele Calvário, porém este zombava, mas aquele ladrão exclamou:

Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino (Lucas 23:42).

E Jesus disse:

Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lucas 23:43).

O ladrão foi salvo por que creu.

Tampouco importa sua condição social! Não há pedágios no caminho da Salvação, não dízimos, não há ofertas, não há roupas ou obras que possam comprar ou tomar sua salvação!

Confesse a Jesus hoje, como teu Salvador, como o Cristo, como o Cordeiro de Deus cujo sangue redime o pecador do pecado. Confesse a Jesus Cristo como Senhor de sua vida, entregue-se a Ele enquanto é tempo, não espere nem um segundo a mais pois, pode ser tarde demais!

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. (João 3:16-19)

Ore comigo:

Senhor Deus, eu entrego minha vida em suas mãos, eu confesso que Jesus veio em carne, foi crucificado por mim na cruz do Calvário e ressuscitou dos mortos. Limpa-me, ó Senhor, dos meus pecados, liberta-me pelo Sangue de Cristo, guia-me ao Pai pelo teu Santo Espírito dando-me fé e sabedoria para entender e obedecer a Tua vontade. Em nome de Jesus! Amém.

Se você fez esta oração e deseja aconselhamento, mande-nos um email para acordeigcristo@gmail.com.

Rogo pois ao Senhor, em o Nome de Jesus, que esta mensagem encontre os corações a que se destina. Amém.

30/05/2016

O Circo da Fé e as Gargalhadas da Morte

Por Israel C.S. Rocha.

Enquanto rimos e nos divertimos espetáculos hollywoodianos, enquanto somos entretidos com teatros e pirotecnia gospel, alienamo-nos da realidade espiritual de nossa época, rimos enquanto miríades e hostes militam diligentemente empurrando as agendas transgênera, pedófila e satânica em todo o mundo. Enquanto nos divertimos em shows gospel, clubes de ódio a Cristo destilam a desconstrução dos valores basilares de nossa sociedade. Mais uma vez o Homem foi enganado pela Serpente, porém, dessa vez, estávamos dando gargalhadas durante o processo.

A serpente me enganou, e eu comi. (Gênesis 3:13b)

A grande questão aqui é, qual o motivo da alegria? Do que estamos rindo? Há motivos para comemorar? Decerto haverá um dia grande regozijo para a igreja quando da volta do Noivo, e há as alegrias pessoais de cada um, mas como igreja, do que rimos?

Somos uma geração que não ora, que não jejua, que não se santifica. Uma geração em que tudo pode, tudo é normal, somos idênticos ao mundo mas, por alguma razão nos achamos salvos. Nos divertimos como o mundo, falamos como o mundo, assistimos o que o mundo assiste, vestimos e cheiramos como o mundo, mas, somos salvos e rimos.

Satanás sim tem motivos para rir de nossa debilidade espiritual, rir de nossos louvores vazios, revanchistas e antropocêntricos, rir de igrejas que pregam autoajuda e onde a Palavra do Evangelho da Cruz, da Santidade, da Volta de Jesus e do Inferno inexiste. Rir de uma igreja que cala seus profetas, que despreza a simplicidade do evangelho, que se mistura com políticos corruptos e se vende junto com eles.

Rimos entorpecidos, embriagados, contaminados pelo mundanismo eclesiástico travestido de igreja. Quantos minutos dedicamos à oração diária? Quantos segundos à leitura e estudo da Bíblia? Mas quantas horas passamos tomando parte em coisas que Deus abomina, que não edifica ou que não O glorifica? Lutamos qual bom combate? Guardamos qual fé? Que fé? Com soldados assim o Inimigo nada tem a temer, só lhe restará rir.

Onde estão os samuéis, os davis, os eliseus, os elias, os paulos, os pedros? Somos tão pobres e mortos espiritualmente que precisamos encher o culto de espetáculo, de ritos, de estórias, conversa fiada, dança, teatro, circo... para disfarçar a ausência do Espírito Santo, a absoluta falta de curas, as pregações superficiais de prosperidade, a carência de dons e a supressão de libertação e batismos com Espírito Santo.

Quando criança era raro um culto dominical não manifestar algum demônio durante a pregação, pelo que a igreja de pé o expulsava no nome de Jesus e aquela vida era liberta e quase sempre se rendia à Cristo. Hoje os demônios entram nas igrejas e, junto com os irmãos, batem palmas, dançam e riem das piadas contadas no púlpito.

E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porãoas mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Marcos 16:17,18)

Certa vez, um visitante tomou um rapaz assentado a seu lado, jogou-o no chão e começou a levantar e bater sua cabeça com toda força no chão. O agredido não sofreu nada grave e o agressor foi liberto para a glória de Deus. Lembro-me também que culto de oração lotava, tinha que chegar cedo para encontrar assento. Quem dera se hoje os cultos de oração enchessem como lotam os shows gospel, que a multidão ensandecida ovacionasse Jesus como idolatram os superastros do pop-gospel.

De todas as igrejas que visitei em São José dos Campos, das inúmeras denominações, somente em uma igreja pequenina em tamanho mas grandiosa quanto a Presença de Deus, vi o que via quando menino: oração, jejum e libertação. Somente lá Deus falou comigo por revelação genuína. Digo revelação de coisas que só Deus poderia saber e profecias que se cumpriram a risca e não as "profetadas" que se veem por aí.

Acaso Deus mudou? Acaso Deus só é Deus nessa igreja pequenina? Não! Fomos nós que mudamos e priorizamos tudo menos Deus. Como podemos conhecê-Lo sem estudar a Bíblia?! Como podemos senti-Lo sem santidade? Como podemos amá-Lo se não passamos nenhum momento com Ele? Não me refiro aos momentos que se vai à Igreja mecanicamente para fingir uma espiritualidade que não se tem, mas, àqueles a portas fechadas, só você e Deus.

Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á. Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. (Mateus 6:6,7)

Quantas vezes trocamos a presença de Deus pelas futilidades do mundo. Vaidade de Vaidades. Futilidades apetitosas à carne e perigosas ao espírito. Onde nos levará tal futilidade? Onde nos levará a carnalidade? Não nos afasta o pecado de Deus? E qual o lugar mais longe de Deus que o Inferno? Deus é misericordioso, mas também é igualmente justo. Aplicará Ele o justo Juízo e sentenciará o pecador ao lugar que merecemos. Ou ouvimos sua Voz e arrependemos de nossos maus caminhos ou não haverá escapatória senão a justa punição. Há uma Lei, há um Justo Juiz e também há um ardiloso acusador: o diabo, que tem diligentemente anotado nossa trajetória, nossas escapadas na Internet, aquilo que vemos e fazemos quando ninguém está olhando... daremos conta quando tudo for exposto durante o Grande Juízo.

Mas há um Redentor pelo qual podemos nos redimir. Os salvos em Jesus verão a Deus. Aqueles que foram comprados pelo Sangue de Cristo mas, mesmo para alguns destes, quão vergonhoso será chegar perante o Senhor de mãos vazias, sem nenhuma alma conquistada para Cristo. Quanto tempo poderíamos ter dedicado a Deus não fossem os vícios em Internet, TV, Netflix, diversões e prazeres mundanos. Não que devemos ser eremitas e erradicar a modernidade, mas precisamos rever nossas prioridades, separar nosso melhor tempo para Deus, buscá-Lo pelas madrugadas, clamar a Deus por nossa nação, clamar a Deus por nossas almas.

Rogo pois a Deus, que sejamos libertos de tudo isto, começando por mim mesmo. Que passemos das "virgens loucas" para as prudentes, aquelas que conservaram azeite em quantidade suficiente para receber o Noivo. Que nossas mentes sejam libertas das prisões psicológicas e espirituais que décadas de programação neurolinguística, shows e superestímulos causaram para voltarmos à simplicidade do evangelho, à vida piedosa, à vida cristã e à aparência de Cristo.

27/05/2016

Marcha Para Sião

Por Steven L. Anderson. Faithful Word Baptist Church.

Há mais de 4.000 anos, Deus apareceu para Abraão, na Mesopotâmia, e disse a ele:

Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação.

Abraão obedeceu ao Senhor e veio para a terra prometida de Canaã, onde viveu com seu filho Isaque e seu neto Jacó, cujo nome foi mudado posteriormente para "Israel".

Israel e seus 12 filhos foram para o Egito por causa da fome na terra de Canaã, e ali se transformaram em uma nação poderosa. Os egípcios se sentiram ameaçados com a presença da poderosa nação de Israel entre eles, e os escravizaram, tornando suas vidas amargas, com uma severa servidão. Depois de 430 anos no Egito, eles foram libertados da escravidão por Moisés, atravessaram o Mar Vermelho e foram para a Arábia, onde receberam a Lei de Deus no Monte Sinai.

A geração de israelitas que permaneceu no Egito com Moisés não pôde entrar na terra prometida por causa da falta de fé no Senhor. Eles foram obrigados a peregrinar pelo deserto por 40 anos, até nascer uma nova geração que acreditasse no Senhor e, então, entraram na terra prometida com Josué.

Ao longo de 400 anos, as 12 tribos de Israel foram governadas pelos Juízes, segundo a lei de Moisés. Quando desejaram um rei, como todas as outras nações, Deus indicou Saul, que reinou sobre eles durante 40 anos, seguido pelo Rei Davi, que também reinou por 40 anos, e pelo filho de Davi, Salomão, que reinou outros 40 anos. No reinado de Salomão, o reino de Israel foi o mais glorioso e o primeiro templo foi erguido, mas como o coração de Salomão se afastou de Deus em sua velhice, Deus lhe disse que 10 tribos não seriam governadas por seu filho.

Após a morte de Salomão, o reino de Israel foi dividido e as 10 tribos do Norte foram governadas por uma série de reis perversos, que não descendiam de Davi e Salomão. Esse Reino do Norte manteve o nome de Israel e, em algum momento, a cidade de Samaria foi a capital. O Reino do Sul — que era menor — ficou conhecido como Judá, com a capital Jerusalém, e foi governado pelos descendentes de Davi. A partir do Segundo Livro dos Reis, Capítulo 16, o povo do Reino do Sul ficou conhecido como os "Judeus", para identificar o reino de Judá.

Com a perversidade do Reino do Norte de Israel, eles foram depostos e capturados pelos Assírios. Os Israelitas restantes se misturaram às nações pagãs que invadiram e ocuparam a terra. Esse povo ficou conhecido como os Samaritanos e as 10 tribos do Norte de Israel jamais se tornaram uma nação novamente.

Em algum momento do futuro, o Reino do Sul de Judá seria levado cativo para a Babilônia, como punição por servir a outros deuses, e o templo seria destruído, mas depois de 70 anos, os Judeus voltaram para Judá, reergueram o templo em Jerusalém, e continuaram sendo governados por reis descendentes de Davi.

Na época de Cristo, a nação de Judá passou a se chamar Judeia e se submeteu à legislação romana. Jesus Cristo e seus discípulos pregavam o Evangelho por toda a Judeia, buscando a ovelha perdida da casa de Israel. Após 3 anos e meio de ministério, os Judeus rejeitaram Jesus como seu Messias e convenceram o governador de Roma a crucificá-lo. Ao terceiro dia, ele ressuscitou dos mortos e surgiu para seus discípulos, antes de subir aos Céus e assentar à direita do Pai.

Um pouco antes da crucificação de Jesus, ele profetizou que, como castigo por rejeitá-lo, Jerusalém seria queimada, o templo seria destruído e os Judeus seriam levados cativos para todas as nações. Essa profecia se cumpriu no ano 70 d.C. quando o futuro imperador romano, Tito, conquistou Jerusalém. Por mais de 1.800 anos, os Judeus se dispersaram por todas as nações.

Então, em 1948, o impossível aconteceu. O Estado de Israel foi fundado e, mais uma vez, os Judeus tomaram posse da terra prometida. Muitos cristãos proclamaram o ocorrido como um milagre e uma bênção de Deus, mas isso foi realmente uma bênção do Senhor ou forças mais tenebrosas estavam agindo? Este filme traz a resposta.

22/05/2016

Heresias II

Por Israel C.S. Rocha.

No artigo Heresias I compilei algumas manifestações estranhas atribuídas a Deus mas que parecem ser completamente fora do contexto bíblico. Unções e espíritos estranhos que afastam a pregação evangelística dos púlpitos e transforma a igreja em um circo gospel. Não falo aqui das genuínas manifestações do Espírito como a que aconteceu no dia de Pentecostes, mas de doutrinas de demônios caracterizadas por "unções" do riso, cachorro, pessoas uivando e sendo levadas em guias e coleiras dentro da igreja, pastores derrubando fiéis com paletós e "hadoukens"...

Como podemos nos voltar a isto, quando Jesus está às portas e o pecado e apostasia estão tão impregnados em nosso DNA?! Onde está a exortação, o concerto, a vida no altar, a consagração e pregação da Palavra de Jesus? Jesus nos alertou sobre este tempo, apostasia, esfriamento do amor e doutrina de demônios.

Neste artigo trago os showmen Benny Hinn, Cash Luna e Agenor Duque. Não descreio que até possa ser o poder de Deus em suas vidas, pois os dons de Deus não são para arrependimento, mas julgando a árvore pelos frutos (Mateus 7:17-20), não acredito serem árvores enxertadas na videira verdadeira que é Cristo (João 15).

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mateus 7:17-20)
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (João 15:1,2)

Na segunda parte, trago uma verdadeira e genuína pregação do evangelho de Cristo pelo Pr. Hernandes Dias Lopes. Assistam e analisem por si mesmos.

20/05/2016

Investigando a Cosmovisão do Humanismo Secular

Forcing Change, Volume 8, Edição 7. Por Brad Alles. Portal Espada do Espírito

Ao longo dos anos, a Forcing Change examinou diversas cosmovisões que desafiam o Cristianismo e que moldaram a cultura moderna. Esta edição examina uma cosmovisão que forma grande parte do pano de fundo referente às tendências atuais no transumanismo, o ímpeto pró-governo mundial e o estabelecimento da ética global baseada na Lei Internacional: o Humanismo Secular.

Brad Ales, o autor de "Iniciando no Fim", gentilmente permitiu que este seu ensaio sobre o Humanismo Secular fosse reproduzido aqui. O ensaio oferece um importante ponto inicial para compreendermos as implicações e aplicações da cosmovisão Humanista Secular.

Parte 1 - Iniciando no Fim: O Humanismo Secular

O homem finalmente está se tornando consciente que ele somente é responsável pela realização do mundo de seus sonhos, que tem dentro de si mesmo o poder para alcançar esses sonhos. Ele precisa aplicar inteligência e disposição para cumprir a tarefa. [1]
.

É ássim que o Manifesto Humanista I termina. Escrito em 1933, o documento descreve a vida como ela deveria ser — de acordo com os humanistas seculares. Quarenta anos mais tarde, em 1973, o Manifesto Humanista II continuou esta visão para o futuro:

Também exortamos o uso da razão e da compaixão para produzir o tipo de mundo que queremos — um mundo em que a paz, prosperidade, liberdade e felicidade são amplamente compartilhados... comprometimento com toda a humanidade é o mais elevado comprometimento que somos capazes de fazer; isto transcende as estreitas fidelidades com igreja, estado, partido, classe ou etnia, em direção a uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que objetivo mais ousado para a humanidade do que cada pessoa se tornar, tanto em ideal como na prática, um cidadão de uma comunidade mundial! [2]
.

Iniciar no fim é essencial para compreender por que as pessoas advogam sua cosmovisão. Mas, observe que "comprometimento com toda a humanidade é o mais elevado comprometimento", maior do que seu comprometimento com família, país, ou Deus. Por quê? Porque Deus não existe. Além disso, o homem "somente é responsável pela realização do mundo de seus sonhos".

Pressuposto - Ateísmo

Não pode haver dúvidas que a pressuposição subjacente do Humanismo Secular é o ateísmo, a crença que Deus não existe. Existem incontáveis citações que poderiam ser investigadas, mas somente algumas serão oferecidas aqui para ilustrar o ponto.

O Manifesto Humanista I diz:

Estamos convencidos que o tempo para o Teísmo, Deísmo e Modernismo já passou. [3]
. Em outras palavras, fora com o Teísmo (a crença que existe um Deus pessoal), com o Deísmo (a crença que Deus existe, porém não está envolvido com Sua criação) e com o Modernismo (a crença que os ensinos da igreja devem ser definidos à luz das descobertas científicas).

Além disso, o Manifesto Humanista II declara enfaticamente:

Achamos insuficientes as evidências para a crença na existência de um sobrenatural; o sobrenatural não tem significado algum ou é irrelevantes para a questão da sobrevivência e realização da espécie humana. Como não-teístas, começamos com os humanos, não com Deus, com a natureza, não com a divindade. [4]
.

Corliss Lamont, autor de The Philosophy of Humanism (A Filosofia do Humanismo), afirma que "O Humanismo considera todas as formas do sobrenatural como mitos." Ele depois diz que qualquer coisa fora da natureza "não existe". [4].

Lembre-se que toda cosmovisão inicia com um pressuposto e o Humanismo Secular faz isto de forma bem clara e audível. A autora e conferencista Nancy Pearcey resume assim:

O próprio Secularismo está baseado em crenças, exatamente tanto quanto o Cristianismo." [6]. Todavia, o perigo deixar de lembrar que toda cosmovisão iniciar com um pressuposto leva à noção que o Humanismo Secular é de algum modo neutro, não enviesado, enquanto que o Cristianismo está unicamente baseado em opiniões particulares. Pearcey continua: "É impossível pensar sem algum conjunto de pressupostos sobre o mundo. [7]
.

Tradução: ninguém é neutro. É por isto que fazer a pergunta: "Como você sabe que Deus não existe?" ajuda a expor a premissa inicial deste mapa.

Filosofia - Naturalismo

Tendo estabelecido o ponto inicial do mapa, vamos examinar agora a realidade segundo os humanistas secularies. Nâo deve ser surpresa que existe apenas um mundo natural, sem o sobrenatural (Deus, Satanás, anjos, demônios, etc.), como Corliss Lamont declarou taxativamente. Retornando ao Manifesto Humanista II, ele diz:

Qualquer relato da natureza deve passar pelos testes da evidência científica; em nosso julgamento, os dogmas e mitos das religiões tradicionais não passam... A natureza pode de fato ser mais ampla e mais profunda do que sabemos agora; entretanto, qualquer nova descoberta somente irá ampliar nosso conhecimento do mundo natural. [8]
.

Dito de outra forma: o humanista secular elimina a possibilidade do sobrenatural, pois ele não é observável ou mensurável pelo método científico.

Mas, essa visão naturalista, acreditando que somente as coisas físicas compõem a realidade, [9] então descarta a alma também, pois ela é imaterial. A alma não pode ser medida ou observada. Temos um cérebro, que pode ser visto ou examinado durante uma cirurgia cerebral, mas não temos uma alma. Na cosmovisão deles, a mente (ou alma, ou personalidade) é apenas uma manifestação do cérebro, pois a matéria é tudo o que existe. Todavia, pensando sobre a mente ou alma, o apologeta cristão C. S. Lewis declara que o humanista secular perde aquilo que está flagrantemente aparente:

No momento que alguém dá atenção a isto, é óbvio que o próprio pensamento do indivíduo não pode ser meramente um evento natural e que, portanto, existe algo além da natureza. [10]
.

Em outras palavras: os pensamentos e a lógica não são feitos de matéria. Há mais na vida do que apenas o estado material das coisas.

A negação do sobrenatural também descarta a existência do céu e do inferno. Corliss Lamont diz:

Nâo há possibilidade que a consciência humana, com sua memória e conhecimento da auto-identidade intactos, possa sobreviver ao choque e desintegração da morte... o corpo e personalidade vivem juntos, eles crescem juntos e morrem juntos. [11]
.

Portanto, quando você morre, tudo está acabado. Não existe vida após a morte, pois a natureza e a matéria são tudo o que existem. De forma até mais seca, o Manifesto Humanista II diz:

As promessas de salvação imortal ou o temor da condenação eterna são ilusórios e prejudiciais... Não existe evidência confiável que a vida sobrevive à morte do corpo. [12]
.

Aparentemente, a tumba vazia de Jesus Cristo, as vidas transformadas das testemunhas oculares, bem como os relatos de Josefo com referência à ressurreição de Cristo não podem ser levados em conta. [13].

Todavia, esta filosofia explica por que o humanista secular está tão focado nesta vida do presente: ela é tudo o que existe. Você tem direito ao carrossel da vida apenas uma vez e isto é tudo. Além disto, esta posição filosófica, iniciando com o pressuposto que Deus e o mundo sobrenatural não existem, tem implicações nas visões éticas daqueles que adotam essa cosmovisão.

Como exatamente devemos nos comportar segundo este mapa?

Ética - Relativismo Moral

De acordo com o Humanismo Secular, os seres humanos evoluíram ao longo de milhões de anos. Para citar o Manifesto Humanista II:

A ciência afirma que a espécie humana surgiu a partir de forças evolucionárias naturais. [14]
.

Com o passar do tempo, ganhamos vida a partir da matéria inanimada (em contrariedade com a Lei da Biogênese, que diz que somente coisas vivas podem dar a vida), desenvolvemos o pensamento (um conceito imaterial em um universo formado somente por matéria), e nos tornamos progressivamente mais avançados. Mas, independente do quão avançados os seres humanos se tornam, há sempre a presença do mal à espreita. Sem um Deus para criar, ou Satanás para tentar, esta questão do mal em um mundo naturalístico apresenta um problema. Vários psicólogos humanistas seculares declaram que os seres humanos são "essencialmente construtivos em sua natureza fundamental", "perfetíveis", e sem "qualquer instinto intrínseco para o mal". [15]. Mas, se a humanidade é basicamente boa, então por que existe o mal? Alguns afirmam que nossa cultura nos faz praticar o mal; as influências sociais são as culpadas. Todavia, a lógica desta posição não faz sentido. O autor e conferencista David Nobel pergunta com toda razão:

Como a cultura ou a sociedade puderam se tornar más se não existe uma tendência dentro de nós para o mal? [16]
.

Entretanto, outros apontam não para nossa cultura, mas para nossos corpos. A suposição é que a evolução produziu o corpo humano, e que ela também precisa ter produzido as crenças e os comportamentos. Uma ideia muito popular hoje é que nossos genes nos fazem praticar o bem e o mal. Por exemplo, essa explicação é dada em livros como The Selfish Gene, Evolutionary Origins of Morality, e Demonic Males: Apes and the Origins of Human Violence. Mas, não existem provas para esta hipótese. O geneticista H. Allen Orr diz:

O fato terrível é que não temos a mínima evidência que a moralidade nos humanos evoluiu ou não evoluiu por seleção natural.. Não temos dados. [17]
.

Os pressupostos iniciais que Deus não existe e que o homem é basicamente bom torna este mapa altamente suspeito.

Todavia, embora este mapa não descreva precisamente a origem do mal, ele mostra o que é comportamento aceitável: é qualquer coisa que você sinta que seja certa.

O Manifesto Humanista II declara:

A ética é autônoma e situacional, não requerendo sanção teológica ou ideológica. [18]
. Isto é relativismo moral individual. A moralidade é determinada por cada pessoa, com relação às suas ideias individuais. Mas, embora você decida qual comportamento é correto para você, o restante da sociedades também precisa ser considerado.

O Manifesto Humanista II continua:

Acreditamos na máxima autonomia individual consoante com a responsabilidade social. [19]
. Em adição à noção de cada pessoa determinar o certo e o errado, as culturas também podem formar os códigos morais. O comportamento aceitável pode mudar de cultura para cultura — isto é relativismo moral cultural. [20]. Todavia, se cada um de nós decidir o que é permissível, ou se cada cultura decidir, então como tratamos os choques inevitáveis que ocorrerão? Quem diz o que é certo ou errado? Podemos julgar um ladrão ou um exército invasor como praticantes do mal?

Sem absolutos morais ou Deus para nos dizer, como julgamos as ações? Este dilema é razão por que o relativismo moral parece tão bom, porém não funciona na prática.

Para ilustrar isto, veja a posição da ACLU (American Civil Liberties Union), sobre a questão da pornografia infantil. Servindo na Comissão Sobre Pornografia, do Procurador-Geral dos EUA, o promotor Alan Sears ouviu a ACLU dizer que "governo algum deveria ter a permissão de limitar a distribuição de pornografia infantil entre adultos consensuais." [21].

Para as pessoas que utilizam este mapa do Humanismo Secular com seu relativismo moral, é preciso se perguntar: "Existe alguma coisa que possa ser errada?" Alguém tem de decidir. Os humanistas seculares acreditam que certas pessoas deveriam mapear totalmente nosso comportamento e nosso futuro segundo a visão deles.

Futuro - Governo Global

Uma vez que a noção que mais de sete bilhões de pessoas no planeta, fazendo cada um tudo aquilo que quiser, não funciona em um sentido prático, o mundo precisa ter regras. Não podemos todos simplesmente nos comportar de todas as formas que quisermos — isto tornaria a vida insuportável. Portanto, os humanistas seculares têm uma ideia: um governo global para fazer a vida ser um céu na terra (já que não existe vida após a morte, apenas esta realidade física).

Retornando ao Manifesto Humanista II, os autores afirmam:

Deploramos a divisão da humanidade com bases nacionalistas... Assim, queremos o desenvolvimento de um sistema de lei mundial e de uma ordem mundial com base em um governo federal transnacional. [22]
.

Em outras palavras, a existência de países separados é ruim, de modo que um governo global, ou "transnacional", é necessário para formar uma comunidade mundial.

Esta não é uma ideia isolada. Visões de governo mundial podem ser rastreadas até o início dos anos 1910s. Por exemplo, considere o panfleto da Fundação da Paz Mundial de 1912, International Good-Will as a Substitute for Armies and Navies (A Boa-Vontade Internacional como uma Substituta para os Exércitos e Marinhas), de William C. Gannett.

Este documento propõe uma ordem internacional baseada em cinco áreas que são buscadas hoje em nome do governo global. Essas cinco áreas são: 1) um sistema judicial mundial; 2) um Parlamento ou Congresso Internacional; 3) Leis Mundiais; 4) uma força militar global; e 5) uma arquitetura unificadora para garantir a obediência global e a segurança sob a direção de um protetorado internacional. [23]. Por este motivo, não é mera coincidência que tenhamos hoje o Tribunal Penal Internacional, as Nações Unidas, tratados e resoluções das Nações Unidas e a Força de Paz das Nações Unidas.

Além disso, nos últimos cem anos, várias pessoas contribuíram com ideias sobre o que essa autoridade internacional deve fazer. Recentemente, o Movimento Federalista Mundial, o maior grupo de lóbi pró-governo global, advogou a reforma das Nações Unidas, a instituição de um tributo mundial e a construção de uma nova moeda global. [24]. Como um exemplo dessa potencial nova moeda global, no Encontro de Cúpula do G8, o presidente russo Medvedev mostrou uma moeda que tinha estampada a frase "Moeda do Mundo Futuro Unido". [25]. Até mesmo o papa Bento XVI propôs uma "verdadeira autoridade política" para gerenciar as questões internacionais. [26]. Portanto, se tivermos um governo global, o que acontecerá com o nosso país?

Citações Sobre a Ordem Mundial

Há muito tempo que pensadores e líderes humanistas defendem o "governo mundial". Aqui estão diversas citações de humanistas sobre a "necessidade" de uma ordem e gestão internacionais:

"Evidentemente foi alcançado um ponto na evolução da cultura humana em que o desenvolvimento de uma organização econômica política e social em todo o planeta não é somente o próximo passo lógico, mas é a alternativa para o caos continuado e a pavorosa destruição." — Scott Nearing, United World (Island Press, 1945), pág. 183-184. "... quanto mais unida a tradição do homem se tornar, mais rápida será a possibilidade de progresso... o único e melhor meio correto de garantir isto será pela unificação política." — Julian Huxley, UNESCO: Its Purpose and its Philosophy (Public Affairs Press, 1947), pág. 13. "A necessidade de um governo mundial, para que o problema da população possa ser solucionado de uma maneira humana, é completamente evidente nos princípios darwinianos." — Bertrand Russell, The Impact of Science on Society (Simon & Schuster, 1953, pág. 105.) "... podemos definir nossas finalidades: a busca da hominização na humanização via obtenção da cidadania da Terra... para uma comunidade planetária organizada." — Edgar Morin, Seven Complex Lesson in Education for the Future (UNESCO, 1999), pág. 62. "Fortalecer a ideia de uma civilização mundial fornecerá o palco para comunicar, interagir, associando e rejeitando aquilo que não se encaixa com os códigos globais. As pessoas precisam se tornar cidadãs da Terra, não de uma única cultura." — Gustavo Lopez Ospina, Planetary Sustainability in the Age of the Information and Knowledge Society (UNESCO, 2003), pág.141.

Richard Rorty, um filósofo pós-moderno, acredita que "os EUA irão algum dia ceder sua soberania para aquilo que o poeta Tennyson chamou de 'o Parlamento do Homem, a Federação do Mundo’”. [27].

Nesta mesma linha, o Manifesto Humanista de 2000 diz: “A ideia de um Parlamento Mundial é similar à evolução do Parlamento Europeu, ainda em sua infância. A atual Assembleia Geral da ONU é uma assembléia de nações. Esse novo Parlamento Mundial aprovará políticas legislativas de uma maneira democrática." [28]. As eleições para esse governo global seriam baseadas na população e representariam as pessoas, não seus governos.

Isto é diferente daquilo que experimentamos hoje. O embaixador do nosso país na ONU representa nosso governo, não nosso povo. O embaixador precisa ser nomeado pelo presidente e confirmado pelo Senado. Nós não escolhemos o embaixador — o presidente escolhe, e podemos dizer aos nossos senadores aquilo que pensamos sobre a escolha, mas no fim, eles é que confirmam o candidato.

A razão por que não votamos no embaixador é devido ao fato de sermos uma república, não uma democracida direta. Em uma democracia direta, todos os cidadãos debatem e decidem os assuntos do governo e as decisões são alcançadas por voto da maioria. O povo vota em todas as questões, de modo que isto é governo direto determinado pela maioria. Uma república é diferente: ela é um governo limitado constitucionalmente e do tipo representativo, criado por uma Constituição escrita. [29]. Em outras palavras, uma república é governo representativo (o Congresso) governado pela lei (a Constituição). [30]. Portanto, somos uma república e a cada quatro anos escolhemos quem decide e qual rumo nosso governo deverá seguir, obedecendo as estruturas definidas pela Constituição. Assim, aparecem as seguintes questões: Nós escolheremos nosso representante neste governo global, ou ele será indicado para nós, como nosso embaixador é? Ainda poderemos contactar nosso representante para expressar nossa opinião? Isto será uma república ou uma democracia direta? Ou alguma outra coisa? Quem escolherá a agenda para este governo global?

Evidentemente alguns já determinaram a agenda. Segundo os autores do Manifesto Humanista II, este governo mundial deve renunciar à guerra, planejar cooperativamente o uso dos recursos do planeta, fornecer assistência econômica para aqueles que necessitam dela, e expandir a tecnologia, as viagens e as comunicações. Isto tudo parece bom — quem se oporia a isto? Entretanto, aparecem problemas quando as políticas são determinadas sem participação popular.

Austin Ruse é presidente do Instituto dos Direitos Humanos e da Família Católica, que enfoca a política social internacional. Ele diz que as leis derivadas dos tratados da ONU estão sendo usados "para estabelecer normas que estão sendo forçadas sobre os governos e sobre a população. Essas novas normas nunca foram submetidas à votação. Elas estão sendo perpetradas pelas mesmas pessoas que chamam a si mesmas de progressistas transnacionais. Elas não acreditam no processo democrático; elas acreditam em sua própria superioridade." [31].

Uma ilustração desta incursão dos tratados das Nações Unidas sobre a lei americana foi claramente declarada pelo diretor-executido da ACLU, Anthony Romero: “Nosso objetivo é nada menos que criar uma nova era de justiça social em que os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU, sejam reconhecidos e impostos nos EUA." [32].

E assim a agenda humanista secular avança. O Manifesto Humanista II continua:

O mundo precisa estar aberto para diversos pontos de vista políticos, ideológicos e morais e evoluir um sistema mundial de televisão e de rádio para informações e para a educação. Assim, propomos a plena cooperação internacional na cultura, ciência, artes, tecnologia entre as fronteiras ideológicas. [33]
.

Dito de forma mais simples: precisamos contemporizar e cooperar. Somente então o mundo poderá ver a paz por meio de uma ONU reformada, ou de algum governo global futuro. Todavia, se devemos estar abertos para ideias diversas, por que os humanistas seculares decidiram que o tempo "passou" para a crença em Deus? As pessoas não deveriam estar abertas para isto também?

Segundo Noebel, "os humanistas seculares acreditam que a cosmovisão deles é capaz de promover a tolerância, a contemporização e a cooperação em uma comunidade mundial." [34]. Mas, eles são intolerantes à religião!

Observe também que um absoluto moral foi estabelecido: "O mundo precisa estar aberto para pontos de vista políticos, ideológicos e morais diversos." [ênfase adicionada].

Quem diz que o mundo precisa ter a mente aberta? Os humanistas seculares dizem. Mas, esta é uma contradição ao relativismo moral, em que cada um de nós pode decidir o que é certo. Eles sabem que precisa haver uma autoridade final para julgar o comportamento das pessoas como certo ou errado. Além disso, como Deus não existe na cosmovisão Humanista Secular, o governo precisa ser a autoridade final — o governo precisa ser "deus".

Noebel diz:

Se Deus é negado, o Estado precisa usurpar o papel que seria de Deus. Assim, o poder cai nas mãos dos políticos — pessoas que não são, apesar do otimismo em contrário, infalíveis. [35]
. É por isto que a cosmovisão Humanista Secular é tão perigosa. De modo a realizar os sonhos de uma comunidade do mundo perfeito, não é possível que as ideias, moral e crenças de todos sejam aceitas. O chamado foi feito para a contemporização, porém quem tem a palavra final sobre o que é ou não aceitável? O governo tem. Mas, quando aqueles que estão no poder decidem para o restante de nós o que é permitido, a liberdade é perdida e a tirania aparece logo em seguida.

Tirania, por definição, é quando o governo tem o poder absoluto. O autor e conferencista Jonah Goldberg observa que em um governo tirânico ou fascista, "Qualquer ação do Estado é justificada para alcançar o bem comum... O Estado assume a responsabilidade por todos os aspectos da vida, incluindo nossa saúde e bem-estar e procura impor a uniformidade de pensamento e de ação, seja pela força ou por meio de regulamentações e da pressão social." [36].

Você pode se perguntar se isto é um exagero:

O Estado assume a responsabilidade por todos os aspectos da vida." Infelizmente, não é. Considere, por exemplo, o fato que algumas promoções da rede de lanchonetes McDonald's estão proibidas em San Francisco por causa de um problema de obesidade infantil que existe na cidade. A lei proíbe "oferecer um brinquedo gratuito junto com refeições que contenham mais do que certos níveis definidos de calorias, açúcar e gordura. A determinação também requer que os restaurantes ofereçam frutas e legumes junto com todas as refeições que incluam brinquedos como brindes para as crianças. [37]
.

Por mais que pareça engraçado, isto também ilustra o poder de legislar em cada aspecto da vida das pessoas — até mesmo se alguém pode ou não comer batatinhas fritas. Em San Francisco, se você quiser a promoção Lanche Feliz com um brinquedo, é melhor comer seus legumes! Em vez de as crianças e os pais delas decidirem, o governo decide por eles. Goldberg continua: "Tudo, incluindo a economia e a religião, precisa estar alinhado com os objetivos do governo. Qualquer identidade rival é parte do 'problema' e, portanto, é definida como "inimiga'". [38].

Para os cristãos, isto estabelece um tom ominoso. Como já somos vistos como retardados por crermos em Deus, e como julgadores, por aceitarmos os absolutos morais, é de se admirar que sejamos o "inimigo"?

Carl Teichrib, editor do site Forcing Change, descreve com o que isto se parece:

Seu papel como um cidadão global será o de revolucionar seus valores e radicalmente alterar seu estilo de vida; mas este é um preço pequeno a pagar em nome da sustentabilidade e do progresso. A solução é tecnocrática: engenheiros sociais, usando uma abordagem sistemática trabalharão para transformar seu comportamento — até mesmo o significado de ser uma pessoa humana — enquanto que novas tecnologias socias coletivizarão o sistema. [39]
.

Em outras palavras, os "engenheiros socais" são os dominadores habilidosos entre nós que acreditam que possam transformar a população humana porque o planeta está com problemas profundos. Usando uma mentalidade científica e de engenharia, essa transformação será feita em todos os aspectos da sociedade — economia, indústria, educação e tudo o mais — para recriar o mundo. Depois que o mundo estiver recriado à imagem e semelhança deles, então haverá harmonia social — paz na terra e boa-vontade entre os homens. [40].

Também não haverá mais crianças obesas, pois nenhum Lanche Feliz virá com batatinhas fritas!

Como as pessoas não são inteligentes o suficiente para fazerem boas escolhas, as escolhas serão feitas para elas. Segundo Goldberg, os humanistas seculares acreditam que é tempo para o homem colocar de lado noções antiquadas como religião, liberdades constitucionais e o capitalismo, de modo a "crescer para a responsabilidade de criar o mundo à sua própria imagem. Deus morreu muito tempo atrás e já passou da hora de os homens assumirem o lugar que era Dele." [41].

A visão "antiquada" que a vida é injusta, o homem é pecador, e que a única utopia real é aquela que nos espera nos céus é rejeitada pelos humanistas seculares. Goldberg lista o que motiva estas pessoas:

Uma fé na perfetibilidade do homem... a busca por comunidade... a autoridade dos especialistas... e a necessidade de um Estado todo-poderoso coordenar a sociedade no nível nacional ou global. [42]
.

Os seres humanos terão de tomar posse do futuro, pois, segundo o Manifesto Humanista II, "nenhuma divindade nos salvará; precisamos salvar a nós mesmos." [43].

Todavia, a história está repleta com tentativas no passado de criar essa utopia. Infelizmente, somente depois que vimos suas terríveis consequências é que elas foram colocadas na lata de lixo das ideias ruins. Examine a Revolução Francesa, o Nazismo na Alemanha, o Fascismo na Itália e o Comunismo na Rússia, para citar apenas algumas dessas tentativas. Infelizmente, as pessoas ainda tentam reciclar essas ideias e reapresentá-las com novos nomes. Após o papa Bento XVI propor uma "verdadeira autoridade política global" que teria de "garantir a obediência de suas decisões por todas as partes", o escritor Thomas Eddlem advertiu sobre os perigos do governo global à luz da história:

Um governo mundial poderoso o suficiente para 'garantir a obediência às suas decisões por todas as partes' também é um governo mundial poderoso o bastante para impor uma tirania global que poderá resultar na morte de incontáveis milhões. A história do mundo ensina que a maioria das pessoas não recebeu de seus governos no passado, ou até mesmo no presente, a permissão de ser livre. Em sua maioria, as pessoas que já viveram neste mundo passaram suas vidas como escravas do Estado. A linguagem descuidada sobre a suposta 'necessidade urgente' de uma autoridade política global poderá convencer muitos católicos e outros cristãos a aceitarem qualquer governo mundial que eles puderem conseguir e, provavelmente, eles terminarão — se a história for uma guia confiável — com uma tirania brutal. [44]
.
filósofo e ateísta Bertrand Russel

Até mesmo o afamado filósofo e ateísta Bertrand Russel (gravura à direita) afirmou que um governo mundial seria brutal no início, formado pela imposição.

"Tendo em vista a estupidez humana, acredito que um governo mundial somente será estabelecido pela força e que, portanto, no início será cruel e despótico. Mas, acredito que isto seja necessário para a preservação de uma civilização científica, e que, depois de alcançado, gradualmente permitirá o surgimento de outras condições para uma existência tolerável." [45].

A partir deste ponto de vista, o governo global é um mal necessário e que justifica os fins de algumas pessoas. Todavia, observe como esse filósofo ateísta admitiu que o governo global será "cruel e despótico por causa da estupidez humana". Isto fala da natureza humana — não somos bons! Este é o maior problema que precisa ser tratado! Portanto, como o homem é imperfeito, a vida não pode ser perfeita. O quarto presidente dos EUA e "Pai da Constituição", James Madison, declarou isto claramente em The Federalist #51:

Mas o que é o próprio governo, se não a maior de todas as reflexões da natureza humana? Se os homens fossem anjos, nenhum governo seria necessário. Se anjos fossem colocados para governar os homens, controles externos e internos sobre o governo também não seriam necessários. Na estruturação de um governo que será administrado por homens que estarão governando os outros homens, a grande dificuldades está nisto: você precisa primeiro permitir que o governo controle os governados e, em seguida, obrigá-lo a controlar a si mesmo. [46]
.

Se um governo global vier a se tornar realidade, uma das maiores preocupações é que não haverá para aonde ir quando o governo se tornar corrupto e maligno. Atualmente, as pessoas aqui neste país não olham para o mundo desta forma. Nunca enfrentamos o problema de nosso país agir como Deus, ao contrário da Alemanha nazista, da União Soviética ou da China comunista. Hoje, com cerca de 200 países no mundo, uma pessoa pode mudar de um país para outro para tentar iniciar uma vida melhor. Isto não acontecerá em um Estado global sob a liderança de uma autoridade única.

C. S. Lewis disse:

"Não nos deixemos enganar por frases sobre 'O homem tomar responsabilidade por seu próprio destino'." "Tudo o que realmente pode acontecer é que alguns homens assumirão a responsabilidade pelo destino dos outros. Eles serão simplesmente homens, nenhum deles perfeito, alguns gananciosos, cruéis e desonestos. Quanto mais completamente tudo for planejado, o mais poderosos eles serão. Existe alguma nova razão por que, desta vez, o poder não corromperá, como fez anteriormente?" [47].

Iniciando no fim com o Humanismo Secular, é possível ver um mundo unido sob um governo, as aspirações de criar um governo global que um dia darão início a um mundo melhor com base na ideia desse governo de um planeta ideal. A soberania das nações precisará ser sacrificada pelo bem da Terra. A perda de representatividade e de voz no governo precisará ser permitida para fazer avançar a agenda global. Além disso, a perda das liberdades precisa ser aceita em nome de um futuro mais brilhante.

Como Deus não existe, o governo é a autoridade final; além disso, como a humanidade é basicamente boa, as pessoas corretas em postos de comando fornecerão um amanhã melhor. Todavia, olhe para o mal que está ao nosso redor e analise os relatos históricos dos países que tentaram esse tipo de utopia. Em seguida, pergunte a si mesmo qual cosmovisão espelha a realidade — a Cristã ou a Humanista Secular? O Dr. David Noebel declara a escolha de forma bem apropriada:

Estamos na encruzilhada, com um camimho que leva à liberdade individual e o outro a um futuro vivido sob o domínio dos Condicionadores. Qual caminho nossa sociedade seguirá depende das escolhas que fazemos hoje e se essas escolhas estão baseadas nos princípios de vida de Deus, ou nos princípios do homem secularizado. [48]
.

Parte 2 - Em Suas Próprias Palavras

Os textos a seguir são os pontos principais dos Manifestos Humanistas I, II e III, conforme apresentados pela Associação Humanista Americana.

Manifesto Humanista I (Ano de 1933)

Primeiro: Os humanistas religiosos consideram o universo como auto-existente e não criado.

Segundo: O Humanismo acredita que o homem é uma parte da natureza e que surgiu como resultado de um processo contínuo.

Terceiro: Adotando uma visão orgânica da vida, os humanistas acham que o tradicional dualismo entre mente e corpo deve ser rejeitado.

Quarto: O Humanismo reconhece que a cultura religiosa do homem e da civilização, como descrita claramente pela antropologia e história, é o produto de um desenvolvimento gradual devido à sua interação com o ambiente natural e com o seu patrimônio social. O indivíduo nascido em uma determinada cultura é em grande parte moldado por essa cultura.

Quinto: O Humanismo afirma que a natureza do universo descrito pela ciência moderna torna inaceitável qualquer garantia sobrenatural ou cósmica dos valores humanos. Obviamente, o Humanismo não nega a possibilidade da realidade ainda desconhecida, mas insiste que a maneira de determinar a existência e o valor de todas e quaisquer realidades é por meio da investigação inteligente e pela avaliação das suas relações com as necessidades humanas. A religião deve formular suas esperanças e planos à luz do espírito e método científico.

Sexto: Estamos convencidos que passou o tempo para o Teísmo, Deismo, Modernismo e as diversas variedades de "novo pensamento.

Sétimo: A religião consiste daquelas ações, propósitos e experiências que são humanamente significativos. Nada humano é estranho para os religiosos. Isto inclui trabalho, arte, ciência, filosofia, amor, amizade, recreação — tudo o que é em seu grau expressivo de inteligentemente satisfazer a vida humana. A distinção entre o sagrado e o secular não pode mais ser mantida.

Oitavo: O Humanismo religioso considera que a plena realização da personalidade humana seja o fim da vida do homem, por isso busca o seu desenvolvimento e realização no aqui e agora. Esta é a explicação da paixão social do humanista.

Nono: No lugar de antigas atitudes envolvidas na adoração e oração, o humanista encontra suas emoções religiosas expressas em um elevado sentido de vida pessoal e em um esforço cooperativo de promover o bem-estar social.

Décimo: Segue-se que não haverá exclusivas emoções e atitudes religiosas da espécie até então associadas com a crença no sobrenatural.

Décimo Primeiro: O homem aprenderá a enfrentar as crises da vida em termos de seu conhecimento, da naturalidade e probabilidade delas. Atitudes razoáveis e corajosas serão patrocinadas pelo sistema educacional e suportadas pelos costumes. Assumimos que o humanismo seguirá o caminho da higiene social e mental e que desestimulará as esperanças sentimentais e irrealistas e os desejos ilusórios.

Décimo Segundo: Acreditando que a religião precisa trabalhar cada vez mais para a alegria na vida, os humanistas religiosos visam patrocinar o criativo no homem e incentivar as realizações que aumentem as satisfações na vida.

Décimo Terceiro: O Humanismo religioso acredita que todas as associações e instituições existam para a realização da vida humana. A avaliação, transformação, controle e direção inteligentes dessas associações e instituições com uma visão voltada para a expansão da vida humana é o propósito e programa do Humanismo. Certamente, as instituições religiosas, suas formas ritualísticas, métodos eclesiásticos e atividades comunitárias precisam ser reconstituídos tão rapidamente quanto a experiência permitir, de modo a funcionarem efetivamente no mundo moderno.

Décimo Quarto: Os humanistas estão firmemente convencidos que a existente sociedade motivada pelo lucro e pela acumulação tem se mostrado inadequada e que uma mudança radical nos métodos, controles e motivos precisa ser instituída. Uma ordem econômica cooperativa e socializada precisa ser estabelecida para que o fim da distribuição equitativa dos meios de vida seja possível. O objetivo do Humanismo é uma socieade livre e universal em que as pessoas voluntária e inteligentemente cooperem para o bem comum. Os humanistas exigem uma vida compartilhada em um mundo compartilhado.

Décimo Quinto e Último: Declaramos que o Humanismo irá: a) afirmar a vida, em vez de negá-la; b) procurar explorar as possibilidades de vida, não fugir delas; e c) procurar estabelecer as condições de uma vida satisfatória para todos, não apenas para alguns poucos. O Humanismo será guiado por esta moral e intenções positivas e, a partir dessa perspectiva e alinhamento, as técnicas e esforços do Humanismo irão fluir.

Manifesto Humanista II (Ano de 1973)

Primeiro: No melhor sentido, a religião pode inspirar dedicação aos ideais éticos mais elevados. O cultivo da devoção moral e da imaginação criativa é a expressão genuína da experiência e aspiração "espiritual"

Acreditamos, porém, que as religiões tradicionais dogmáticas ou autoritárias que colocam a revelação, Deus, rituais ou credos acima das necessidades e experiências humanas fazem um desserviço à espécie humana. Qualquer relato da natureza deve passar pelos testes da evidência científica; em nosso julgamento, os dogmas e mitos das religiões tradicionais não passam. Até mesmo nesta época avançada na história humana, certos fatos elementares baseados no uso crítico da razão científica precisam ser reafirmados.

Encontramos evidências insuficientes para a crença na existência do sobrenatural; o sobrenatural é sem sentido ou irrelevante para a questão da sobrevivência e realização da espécie humana. Como não-teístas, começamos com os seres humanos, não com Deus; com a natureza, não com uma divindade. A natureza pode de fato ser mais ampla e mais profunda do que sabemos agora, entretanto, quaisquer novas descobertas apenas ampliarão nosso conhecimento do mundo natural.

Alguns humanistas acreditam que devemos reinterpretar as religiões tradicionais, dando-lhes significados apropriados para a situação atual. Entretanto, essas redefinições frequentemente perpetuam as antigas dependências e escapismos; elas facilmente se tornam obscurantistas, impedindo o uso livre do intelecto. Necessitamos, ao revés, de propósitos e objetivos humanos radicalmente novos.

Apreciamos a necessidade de preservar os melhores ensinos éticos nas tradições religiosas da humanidade, muitos dos quais compartilhamos em comum. Mas, rejeitamos aqueles aspectos da moralidade religiosa tradicional que nega ao ser humano uma total apreciação de suas próprias potencialidades e responsabilidades. Frequentemente, as religioões tradicionais oferecem consolação aos seres humanos, mas, em geral, inibem que eles ajudem a si mesmos, ou que experimentem suas plenas potencialidades. Essas instituições, credos, e rituais frequentemente impedem a disposição de servir aos outros. Frequentemente, as fés tradicionais encorajam a dependência, não a independência; a obediência, não a afirmação; o medo, não a coragem. Mais recentemente, elas geraram o interesse pela ação social, com muitos sinais de relevância aparecendo como resultado das teologias de "Deus Está Morto". Mas, não podemos descobrir propósito ou providência divina para a espécie humana. Ao mesmo tempo que existem muitas coisas que ainda não sabemos, os seres humanos são responsáveis por aquilo que são ou em que se tornarão. Nenhuma divindade nos salvará; precisamos salvar a nós mesmos.

Segundo: As promessas de salvação imortal ou o medo da condenação eterna são ilusórios e prejudiciais. Eles distraem os seres humanos das preocupações atuais, da auto-realização e da correção das injustiças sociais. A ciência moderna desacredita conceitos históricos como "o espírito na máquina" e "alma separável". Ao contrário, a ciência afirma que a espécie humana surgiu a partir de forças evolucionárias naturais. Tanto quanto sabemos, a personalidade total é uma função do organismo biológico que se relaciona em um contexto sociocultural. Não existe evidência crível de que a vida sobrevive à morte do corpo. Continuamos a existir em nossos descendentes e no modo como nossas vidas influenciam os outros em nossa cultura.

Certamente, as religiões tradicionais não são os únicos obstáculos para o progresso humano. Outras ideologias também impedem o avanço. Por exemplo, algumas formas de doutrina política funcionam como uma religião, refletindo os piores aspectos da ortodoxia e do autoritarismo, especialmente quando sacrificam os indivíduos no altar das promessas utópicas. Os pontos de vista econômicos e políticos, sejam capitalistas ou comunistas, frequentemente funcionam como dogma religioso e ideológico. Embora os seres humanos indubitavelmente necessitem de objetivos econômicos e políticos, eles também necessitam de valores criativos pelos quais possam viver.

Ética

Terceiro: Afirmamos que os valores morais derivam sua força da experiência humana. A ética é autônoma e situacional, não necessitando de sanção teológica ou ideológica. A ética é derivada das necessidades e interesses humanos. Negar isto distorce toda a base da vida. A vida humana tem significado porque criamos e desenvolvemos nosso futuro. A felicidade e a realização criativa das necessidades e desejos humanos, individualmente e em alegria compartilhada, são temas contínuos do Humanismo. Queremos a boa vida, aqui e agora. O objetivo é buscar o enriquecimento da vida, apesar das forças degradantes da vulgarização, da comercialização e da desumanização.

Quarto: A razão e a inteligência são os instrumentos mais eficazes que a humanidade possui. Não há substituto: nem a fé nem a paixão são suficientes em si mesmas. O uso controlado dos métodos científicos, que transformaram as ciências naturais e sociais desde a Renascença, precisa ser estendido ainda mais na solução dos problemas humanos. Mas, a razão precisa ser temperada pela humildade, pois nenhum grupo tem o monopólio da sabedoria ou da virtude. Também não existem garantias que todos os problemas poderão ser solucionados ou que todas as perguntas serão respondidas. Todavia, a inteligência crítica, infundida por um senso de cuidado humano, é o melhor método que a humanidade tem para solucionar os problemas. A razão deve estar balanceada com a compaixão, empatia e a pessoa inteira realizada. Assim, não estamos advogando o uso da inteligência científica independente, ou em oposição à emoção, pois acreditamos no cultivo dos sentimentos e do amor. À medida que a ciência empurra de volta os limites do conhecido, o senso de maravilha da humanidade é continuamente renovado e a arte, a poesia e a música encontram seus lugares, junto com a religião e a ética.

O Indivíduo

Quinto: A preciosidade e dignidade da pessoa individual é um valor central do Humanismo. Os indivíduos devem ser encorajados a realizarem seus próprios talentos e desejos criativos. Rejeitamos todos os códigos religiosos, ideológicos ou morais que denigrem o indivíduo, suprimem a liberdade, anulam o intelecto e desumanizam a personalidade. Acreditamos na máxima autonomia individual condizente com a responsabilidade social.

Embora a ciência possa explicar as causas do comportamento, as possibilidades da liberdade individual da escolha existem na vida humana e devem ser aumentadas.

Sexto: Na área da sexualidade, acreditamos que as atitudes intolerantes, frequentemente cultivadas pelas religiões ortodoxas e culturas puritanas, reprimem indevidamente a conduta sexual. Os direitos ao controle da concepção, ao aborto e ao divórcio deveriam ser reconhecidos. Ao mesmo tempo que não aprovamos as formas degradantes e exploradoras da expressão sexual, também não desejamos proibir, por lei ou sanção social, o comportamento sexual entre adultos consensuais. As muitas variedades de experimentação da sexualidade não deveriam em si mesmas ser consideradas "más". Sem permitir a permissividade irracional ou a promiscuidade desenfreada, uma sociedade civilizada deveria ser uma sociedade tolerante. Se não prejudicam terceiros, nem os obrigam a fazerem o mesmo, os indivíduos devem poder livremente expressar suas inclinações sexuais e seguir o estilo de vida que quiserem. Desejamos cultivar o desenvolvimento de uma atitude responsável em relação à sexualidade, em que os seres humanos não são explorados como objetos sexuais e em que a intimidade, a sensibilidade, o respeito e a honestidade nas relações interpessoais são encorajados. A educação moral para as crianças e adultos é um modo importante de desenvolver a conscientização e a maturidade sexual.

Sociedade Democrática

Sétimo: Para expandir a liberdade e a dignidade, o indivíduo precisa experimentar amplas liberdades civis em todas as sociedades. Isto inclui liberdades de expressão e de imprensa, liberdade de associação e liberdades artística, científica e cultural. Também inclui um reconhecimento do direito de um indivíduo de morrer com dignidade, o direito à eutanásia e ao suicídio. Nós nos colocamos em oposição à crescente invasão da privacidade, seja por qual meio for, tanto em sociedades totalitárias quanto democráticas. Devemos salvaguardar, estender e implementar os princípios da liberdade humana, que se desenvolveram desde a Carta Magna até a Carta dos Direitos, os Direitos do Homem e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Oitavo: Estamos comprometidos com uma sociedade aberta e democrática. Precisamos estender a democracia participativa em seu verdadeiro sentido para a economia, escola, família, local de trabalho e associações voluntárias. A tomada de decisões precisa ser descentralizada para incluir amplo envolvimento das pessoas em todos os níveis — social, político e econômico. Todas as pessoas devem ter voz no desenvolvimento dos valores e objetivos que determinam suas vidas. As instituições devem ser responsivas aos desejos e necessidades que forem verbalizados.

As condições de trabalho, educação, devoção e recreação devem ser humanizados. As forças alienantes devem ser modificadas ou erradicadas e as estruturas burocráticas devem ser mantidas em um mínimo. As pessoas são mais importantes do que decálogos, regras, prescrições e regulamentações.

Nono: A separação de igreja e Estado e a separação da ideologia e Estado são imperativos. O Estado deve encorajar a máxima liberdade para os diferentes valores morais, políticos, religiosos e sociais na sociedade. O Estado não deve favorecer grupos religiosos particulares com o uso de verbas públicas, nem defender uma única ideologia e, desse modo, funcionar como um instrumento de propaganda ou de opressão, particularmente contra os dissidentes.

Décimo: As sociedades humanas devem avaliar os sistemas econômicos, não por retórica ou ideologia, mas com base no critério se eles aumentam ou não o bem-estar econômico para todos os indivíduos e grupos, minimizam a pobreza e as privações, aumentam a soma da satisfação humana e melhoram a qualidade de vida. Portanto, a porta está aberta para sistemas econômicos alternativos. Precisamos democratizar a economia e julgá-la por sua responsividade às necessidades humanas, testando os resultados em termos do bem comum.

Décimo Primeiro: O princípio da igualdade moral precisa ser levado adiante por meio da eliminação de toda a discriminação baseada em raça, religião, sexo, idade ou nacionalidade. Isto significa igualdade de oportunidade e o reconhecimento do talento e do mérito. Os indivíduos deveriam ser incentivados a contribuírem para seu próprio aprimoramento. Se eles forem incapazes, então a sociedade deve fornecer os meios de satisfazer às suas necessidades econômicas, de saúde e culturais básicas, incluindo, sempre que os recursos permitirem, uma renda anual mínima garantida. Estamos preocupados com o bem-estar dos idosos, doentes, deficientes, prisioneiros e viciados — todos aqueles que são negligenciados ou ignorados pela sociedade. Os humanistas praticantes devem fazer da humanização das relações pessoais sua vocação na vida.

Acreditamos no direito à educação universal. Todos têm direito à oportunidade cultural para cumprir suas capacidades e talentos singulares. As escolas deveriam patrocinar uma vida satisfatória e produtiva. Elas devem estar abertas em todos os níveis para todos; o alcance da excelência deve ser incentivado. Formas experimentais e inovadoras de educação devem receber as boas-vindas. A energia e idealismo dos jovens merecem ser apreciados e canalizados para propósitos construtivos.

Deploramos os antagonismos raciais, religiosos, étnicos ou por classe social. Ao mesmo tempo que acreditamos na diversidade cultural e incentivamos o orgulho étnico e racial, rejeitamos as separações que promovem alienação e colocam as pessoas e grupos uns contra os outros; desejamos uma comunidade integrada em que as pessoas tenham uma máxima oportunidade para a associação livre e voluntária.

Somos críticos do seximo e do chauvinismo sexual — masculino ou feminino. Acreditamos em direitos iguais tanto para homens quanto para mulheres, para cumprirem suas carreiras e potencialidades singulares conforme eles acharem adequado, livres de odiosas discriminações.

Comunidade Mundial

Décimo Segundo: Deploramos a divisão da humanidade em nacionalidades. Atingimos um ponto decisivo na história humana em que a melhor opção é transcender os limites de soberania nacional e avançar em direção à construção de uma comunidade mundial em que todos os setores da família humana possam participar. Assim, desejamos o desenvolvimento de um sistema de Lei Internacional e de uma ordem global baseados em um governo federal transnacional. Isto requer pluralismo e a diversidade culturais.

Isto não excluirá o orgulho pelas origens e pelas realizações nacionais, nem o tratamento das questões regionais de uma forma regional. Entretanto, o progresso humano não pode mais ser alcançado enfocando-se uma seção do mundo, Ocidente e Oriente, desenvolvido e subdesenvolvido. Pela primeira vez na história humana, nenhuma parte da humanidade pode estar isolada de alguma outra. O futuro de cada pessoa está de algum modo ligado ao futuro de todas as demais. Portanto, reafirmamos um comprometimento com a construção de uma comunidade mundial, ao mesmo tempo que reconhecemos que isto nos compromete a tomar algumas decisões difíceis.

Décimo Terceiro: A comunidade mundial precisa renunciar ao uso da violência e da força como método de solucionar as disputas internacionais. Acreditamos no julgamento pacífico das diferenças pelos tribunais internacionais e no desenvolvimento das artes da negociação e da contemporização. A guerra está obsoleta. Assim também o uso dos armamentos nucleares, biológicos e químicos. É um imperativo planetário reduzir o nível dos gastos militares e alocar esses recursos para usos pacíficos e voltados para o bem-estar da população.

Décimo Quarto: A comunidade mundial precisa se envolver no planejamento cooperativo referente ao uso dos recursos que estão se exaurindo rapidamente. O planeta Terra precisa ser consideriado um único ecossistema. Os crimes ecológicos, o esgotamento dos recursos naturais, o excessivo crescimento populacional precisam ser restringidos por acordos internacionais. O cultivo e conservação da natureza é um valor moral; devemos ver a nós mesmos como parte integral das origens do nosso ser na natureza. Precisamos livrar nosso mundo da poluição e do desperdício desnecessários, guardando e criando a riqueza de forma responsável, tanto natural quanto humana. A exploração desenfreada dos recursos naturais, sem preocupações e consciência social, precisa terminar.

Décimo Quinto: Os problemas do crescimento econômico e do desenvolvimento não podem mais ser solucionados por um país somente; esses problemas têm abrangência mundial. É obrigação moral dos países desenvolvidos fornecer — via uma autoridade internacional que salvaguarde os direitos humanos — maciça assistência técnica, agrícola, médica e econômica, incluindo técnicas de controle da concepção, para as porções subdesenvolvidas do globo. A pobreza mundial precisa acabar. Portanto, as desproporções extremas em riqueza, renda e crescimento econômico devem ser reduzidas em escala mundial.

Décimo Sexto: A tecnologia é uma chave vital para o progresso e desenvolvimento humanos. Deploramos quaisquer esforços neo-românticos de condenar indiscriminadamente toda a tecnologia e ciência, ou de propor a redução de seu avanço ou do seu uso para o bem da humanidade. Resistimos a qualquer tentativa de censurar a pesquisa científica básica com bases morais, políticas ou sociais. Entretanto, a tecnologia precisa ser cuidadosamente julgada pelas consequências de seu uso; mudanças prejudiciais ou destrutivas devem ser evitadas. Estamos particularmente perturbados quando a tecnologia e a burocracia controlam, manipulam ou modificam os seres humanos sem o consentimento deles. A viabilidade tecnológica não implica que aquilo seja social ou culturalmente desejável.

Décimo Sétimo: Precisamos expandir as comunicações e o transporte entre as fronteiras. As restrições às viagens precisam terminar. O mundo precisa estar aberto aos diversos pontos de vista políticos, ideológicos e morais e criar um sistema global de rádio e televisão para a transmissão de informações e da educação. Destarte, propomos a plena cooperação internacional na cultura, ciência, artes e tecnologia entre as fronteiras ideológicas. Precisamos aprender a conviver abertamente juntos, ou pereceremos conjuntamente.

A Humanidade como um Todo

Para Encerrar: O mundo não pode mais esperar a reconciliação dos sistemas políticos e econômicos concorrentes para solucionar seus problemas. Este é um tempo para os homens e mulheres de boa vontade levarem adiante a construção de um mundo próspero e pacífico. Exortamos que as lealdades paroquiais, a moral inflexível e as ideologias religiosas sejam colocadas de lado. Exortamos o reconhecimento da humanidade comum de todos os povos. Também exortamos o uso da razão e da compaixão para produzir o tipo de mundo que queremos — um mundo em que a paz, a prosperidade, a liberdade e a felicidade sejam amplamente compartilhadas. Não abandonemos essa visão em desespero ou por covardia. Aquilo que somos, ou que seremos, é responsabilidade nossa. Vamos trabalhar juntos para um mundo humano, por meios apropriados para os fins humanos.

As diferenças ideológicas destrutivas entre o comunismo, capitalismo, socialismo, conservadorismo, liberalismo e radicalismo devem ser superadas. Pedimos o fim do terror e do ódio. Sobreviveremos e prosperaremos somente em um mundo de valores humanos compartilhados. Podemos iniciar novas direções para a humanidade; as antigas rivalidades podem ser colocadas de lado por esforços cooperativos bem amplos. O comprometimento com a tolerância, com a compreensão e com a negociação pacífica não requer a aquiescência do status quo nem a acumulação de forças dinâmicas e revolucionárias. A verdadeira revolução está ocorrendo e pode continuar em incontáveis ajustes não violentos. Mas, isto requer a disposição de dar o passo à frente e entrar em novos planaltos em expansão.

No ponto atual da história, o comprometimento com toda a humanidade é o mais elevado compromisso que somos capazes de fazer; isto transcende as estreitas fidelidades à igreja, Estado, partido, classe social ou etnia, caminhando em direção a uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que objetivo pode ser mais audacioso para a humanidade do que cada pessoa se tornar, em ideal e também na prática, um cidadão de uma comunidade mundial? Esta é uma visão clássica; podemos agora lhe dar uma nova vitalidade. O Humanismo, assim interpretado, é uma força moral que tem o tempo ao seu lado. Acreditamos que a humanidade tenha o potencial, a inteligência, a disposição e a capacidade cooperativa para implementar esse comprometimento nas décadas por vir.

O Humanismo e suas Aspirações

Manifesto Humanista III (Ano de 2003)

Fonte: http://www.humanismosecular.org/manifesto-humanista-III.
Tradução: Romão Paulo Amorim Fernandes de Araújo; Revisão: Miguel Duarte.

O humanismo é uma filosofia de vida progressiva que, sem supernaturalismos, afirma a nossa capacidade e responsabilidade para ter vidas éticas e de realização pessoal que aspirem a um maior bem-estar da humanidade.

A postura de vida do Humanismo — guiada pela razão, inspirada pela compaixão, e informada pela experiência – encoraja-nos a viver bem e integralmente. Esta evoluiu através das eras e continua a desenvolver-se através de pessoas que refletem e reconhecem que valores e ideais, apesar de cuidadosamente forjados, estão sujeitos a mudanças à medida que os nossos conhecimentos e compreensão avançam.

Este documento é parte de um esforço contínuo de manifestar em termos claros e positivos as fronteiras conceptuais do Humanismo, não aquilo em que temos de acreditar mas um consenso daquilo que acreditamos. É neste sentido que afirmamos o seguinte:

O conhecimento do mundo deriva da observação, experimentação e análise racional. Os humanistas pensam que a ciência é o melhor método para determinar este conhecimento como também para solucionar problemas e desenvolver tecnologias benéficas. Também reconhecemos o valor das novas formas de pensamento, nas artes e experiência interior — cada uma objeto de análise pelo pensamento crítico.

Os humanos são parte integral da Natureza, o resultado de uma mudança evolutiva não guiada. Os humanistas reconhecem que a natureza existe por si mesma. Aceitamos a nossa vida como ela é, distinguindo as coisas como elas são das coisas como gostaríamos ou imaginaríamos que fossem. Damos as boas vindas aos desafios do futuro, os conhecidos e os que ainda virão a ser conhecidos.

Os valores éticos derivam das necessidades e interesse humano como é confirmado pela experiência. Os humanistas fundamentam os valores na necessidade de bem-estar humano constituído pelas circunstâncias, interesses e preocupações humanos e que se estendem ao ecossistema global e além. Estamos comprometidos a tratar cada pessoa como tendo valor e dignidade inerentes, e a fazer escolhas informadas num contexto de liberdade em consonância com um sentido de responsabilidade.

A realização da vida emerge da participação individual no serviço dos ideais humanos. Temos como objetivo para o nosso desenvolvimento mais completo possível e animamos a nossa vidas com um profundo sentido de propósito, encontrando admiração e reverência nas alegrias e beleza da existência humana, nos seus desafios e tragédias e, até mesmo, na inevitabilidade e finalidade da morte. Os humanistas contam com a rica herança da cultura humana, e a postura de vida do Humanismo fornece conforto em tempos de necessidade e encorajamento em tempos de fartura.

Os humanos são sociais por natureza e encontram sentido nos relacionamentos. Os humanistas almejam e esforçam-se por um mundo de cuidado e preocupação mútuos, livre da crueldade e suas consequências, onde as diferenças são resolvidas cooperativamente sem recorrer à violência. A junção entre a individualidade com a interdependência enriquece as nossas vidas, encoraja-nos a enriquecer as vidas dos outros, e inspira em nós a esperança de obter paz, justiça e oportunidades para todos.

O trabalho em benefício da sociedade maximiza a felicidade individual. Progressivamente as culturas têm trabalhado para libertar a humanidade das brutalidades da mera sobrevivência, reduzir o sofrimento, melhorar a sociedade e, desenvolver uma comunidade global. Procuramos diminuir as desigualdades de circunstâncias e competências. E, apoiamos uma justa distribuição dos recursos naturais e dos frutos do esforço humano para que tantos quanto possível possam gozar de uma boa vida.

Os humanistas estão preocupados com o bem-estar de todos, estão comprometidos com a diversidade, e com o respeito pelas diferentes, mas ainda assim humanas, opiniões dos outros. Trabalhamos para apoiar o igual gozo de todos os homens dos direitos humanos e liberdade civis numa sociedade aberta e secular e ainda, afirmamos que é um dever cívico participar no processo democrático e um dever planetário proteger a integridade, diversidade e beleza da Natureza de uma forma segura e sustentável.

Assim, envolvidos no fluxo da vida, aspiramos a esta visão com a convicção informada de que a humanidade tem a capacidade de progredir em direção aos seus mais altos ideais. A responsabilidade pelas nossas vidas e o tipo de mundo no qual vivemos é nossa e apenas nossa.

Fonte: Forcing Change, Volume 8, Edição 7.

Data da publicação: 14/8/2014

Transferido para a área pública em 3/5/2016