22/01/2016

Corrupção do clero católico e Inquisição na Inglaterra antes da Reforma

Falta de conhecimento da Bíblia como causa de corrupção generalizada e censura mortífera,
Por Júlio Severo, 18 de janeiro de 2016

Em pleno século XXI e especialmente no movimento pró-vida e conservador, não faz sentido nenhum defender a Inquisição, tema extremamente divisivo e que em nada contribui para a causa pró-família. Mas desde 2013 tenho visto a Inquisição, que torturava e matava judeus e evangélicos, sendo apaixonadamente desculpada e até mesmo defendida por alguns católicos. Confira estes artigos de 2013:

E este outro de 2015, onde o autor atribui efeitos praticamente “anestésicos” nas vítimas das fogueiras da Inquisição. Confira também minha comunicação com o escritor católico americano Theodore Shoebat, que disse:

A Inquisição foi necessária para proteger o povo da Espanha e Portugal, e da América Latina, da tirania pagã.
(Para entender mais sobre o caso Shoebat, veja as declarações e meu artigo “Uma Inquisição Mundial para Matar Homossexuais?”). Após essa defesa da Inquisição, vejo-me na obrigação cristã de expor a verdade, pois só a verdade liberta.

Estou lendo o livro “The History of Religious Liberty” (A História da Liberdade Religiosa), escrito pelo Dr. Michael Farris, fundador da prestigiosa Home School Legal Defense Association (Associação de Defesa Legal da Educação Escolar em Casa), que é a maior associação de educação em casa do mundo. Esse excelente livro, que também trata da Inquisição e tortura e morte de cristãos em fogueiras, pode ser adquirido, em sua versão impressa em inglês, no WND (WorldNetDaily). “The History of Religious Liberty,” recomendado pelo WND, que é um dos maiores sites conservadores do mundo, deveria ser lido por todos os que querem entender o preço sangrento da liberdade religiosa na Inglaterra. Isso grandemente beneficiou os EUA. Em determinado trecho desse livro, me lembrei do Brasil, que tem, em grande escala, o mesmo problema descrito pelo Dr. Farris e que ocorria de forma abundante na Inglaterra antes da Reforma protestante 500 anos atrás. Ele conta sobre um poderoso cardeal que tinha quase tanto poder na Inglaterra quanto o próprio rei. O Dr. Farris diz:

[O ultrapoderoso cardeal Thomas] Wolsey tinha incrível poder e riquezas… Ele foi ordenado padre e se tornou capelão no palácio real em torno do ano 1507. Ao longo do caminho, Wolsey ajuntou uma fortuna estupenda que rivalizava com a fortuna do rei. Parte dessa fortuna veio da prática de conceder cargos múltiplos para os principais clérigos católicos. Desses cargos, ele obtinha parte de múltiplos salários. Enquanto mantinha cargo no governo, Wolsey tinha simultaneamente posições na Catedral de Hereford e nas dioceses de Limington, Redgrave, Lydd e Torrington, entre outras. Isso não significa que Wolsey estava ocupado pregando ou pastoreando essas congregações ou dioceses; a prática comum era similar à de um senhorio ausente: coletando salários lucrativos enquanto dava pouco, se é que dava, serviço direto. Wolsey não era o único que tinha essa prática. Por exemplo, a diocese de Worcester era um dos bispados mais abusados da Inglaterra. Poucos de seus bispos principais haviam vivido ali desde 1476, e depois de 1512 ‘a diocese havia tido três bispos italianos, que viviam folgados em Roma, mas nunca haviam colocado o pé na Inglaterra. Apesar disso, esses bispos recebiam salários gordos.’

“Em 18 de novembro de 1515, Wolsey foi consagrado cardeal numa cerimônia na Abadia de Westminster e só um mês mais tarde, em 24 de dezembro, ele foi empossado como Juiz Supremo — o cargo mais elevado da Inglaterra depois do cargo do rei. Diz-se que “o poder dele com o rei era tão grande que o embaixador veneziano disse que ele agora podia ser chamado de ‘Ipse rex’ (o próprio rei).” O Dr. Farris explica então a causa dessa corrupção:

A Bíblia era essencialmente desconhecida numa nação em que a Igreja Romana era tão dominante que os rendimentos anuais do papa na Inglaterra eram comparáveis aos rendimentos do rei. Até mesmo o clero era em grande parte analfabeto na Bíblia.

Em outras partes de seu excelente livro, Farris mostra que cristãos ingleses que tentavam traduzir a Bíblia para o inglês eram torturados e mortos na fogueira. Cristãos que tentavam pregar a Bíblia para o povo também sofriam o mesmo destino. A Igreja Católica mantinha o povo na ignorância pregando a Bíblia somente em latim, língua que o povo não entendia.

Farris explica como um padre foi condenado à fogueira por pregar a Bíblia ao povo:

No começo de 1529, um padre chamado Thomas Hitton foi preso por heresia depois de pregar em Kent. Ele foi interrogado — podemos presumir que sem misericórdia — e confessou ter contrabandeado do continente europeu para a Inglaterra um Novo Testamento em inglês. Ele foi condenado pelo arcebispo Warnham e pelo bispo Fisher. Por prática comum, a condenação eclesiástica foi efetuada pelas autoridades seculares para manter o fingimento de que a Igreja Católica não derramava sangue. Em 23 de fevereiro de 1529, Hitton foi queimado na estaca em Maidstone. Os que professavam amar e servir a Deus de modo cerimonioso executaram outro homem que professava ser cristão. Eles fizeram a execução com uma morte lenta, agonizante e brutalmente dolorosa — tudo com o objetivo expresso de enviar este ‘herético’ direto para as chamas do inferno.

Depois de Wolsey, Thomas More foi nomeado Supremo Juiz da Inglaterra em 1529. De acordo com Michael Farris, More se regozijou ao ver um homem condenado à fogueira pelo único “crime” de possuir um Novo Testamento de Tyndale. Segundo Farris, o sanguinário More disse:

E agora o espírito do erro e da mentira levou essa alma desgraçada consigo direto da chama temporária para a chama eterna.

Na sua obsessão de impedir o povo de ter acesso a Bíblia, More perseguia de modo especial quem tentasse traduzi-la para o inglês. Ele foi um grande perseguidor de William Tyndale, cuja tradução da Bíblia foi base para a famosa Versão do Rei James (King James Version), usada pelos povos de língua inglesa desde o século XVII. De acordo com Farris:

More queria que todos fossem ignorantes da Palavra escrita de Deus para que nunca duvidassem da Igreja Católica em questão alguma.

Para More, Tyndale era um “herético” digno da fogueira, pois ao traduzir o Novo Testamento ele havia “corrompido” algumas palavras da Bíblia. Entre as palavras, Michael Farris destaca a palavra “amor.” Farris comenta:

A discussão sobre a palavra grega ágape tinha implicações sérias para as práticas católicas. Traduzida ‘caridade,’ como More desejava, a palavra tem implicações financeiras claras. Se Tyndale está correto, e a palavra for traduzida como ‘amor,’ então 1 Coríntios 13 indica que o dever mais elevado do cristão é amar os outros em vez de dar ofertas de caridade para a Igreja Católica.

Farris então mostra como Tyndale se defendeu por não usar a palavra “caridade” no lugar de amor:

Em todos os seus escritos, ele demonstra como as cerimônias que a Igreja Romana argumenta foram reveladas por Deus para as autoridades católicas são compreendidas melhor como oportunidades para o clero fazer dinheiro. A venda de indulgências é, entre essas práticas, a mais conhecida. A Igreja Católica nega às pessoas a liberdade de conhecer a Palavra de Deus, sugere Tyndale, porque se elas pudessem lê-la por si mesmas elas parariam de pagar pelos serviços religiosos que são contrários ao ensino da Bíblia.

É evidente que o clero católico inglês mantinha o povo deliberadamente na ignorância para explorá-lo financeiramente. E a Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Nenhum papa, cardeal ou bispo é imune a esse mal. Isso me faz recordar que a ganância da Igreja Católica, como explicou o neocon católico Cliff Kincaid, tem sido uma das grandes causas da invasão de “imigrantes” islâmicos no EUA. Segundo Kincaid, a Igreja Católica lucra diretamente milhões de dólares com essa invasão.

Sobre ignorância e corrupção, é interessante observar que a maioria dos atuais políticos petistas corruptos do Brasil tiveram um histórico com a Igreja Católica, especialmente nas comunidades eclesiais de base com sua Teologia da Libertação. Aliás, é opinião geral comum que a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), o partido socialista que hoje governa o Brasil. A ignorância do católico brasileiro vai muito mais longe do que ter um apego excepcionalmente grande à Teologia da Libertação. É um apego também a falsificações históricas e religiosas. Enquanto Michael Farris diz que a execução dos “heréticos” na fogueira era uma morte lenta, agonizante e brutalmente dolorosa, o filósofo Olavo de Carvalho desmente tudo isso dizendo:

Até mesmo na imagem popular das fogueiras da Inquisição a falsidade domina. Todo mundo acredita que os condenados ‘morriam queimados,’ entre dores horríveis. As fogueiras eram altas, mais de cinco metros de altura, para que isso jamais acontecesse. Os condenados (menos de dez por ano em duas dúzias de países) morriam sufocados em poucos minutos, antes que as chamas os atingissem.

Em contraste com a versão romântica oferecida por Carvalho, Farris escreveu que em 9 de fevereiro de 1555, o bispo protestante John Hooper foi executado por “heresia.” Farris diz:

O fogo havia queimado suas pernas e ele só ficou com tocos do que sobrou. Ele permanecia orando em angústia. Um de seus braços acabou caindo de queimado. A tortura infernal durou 45 minutos antes que Hooper, retendo consciência o tempo inteiro, finalmente sucumbiu às chamas brutalmente lentas.

Farris também disse:

Perotine Gosset, junto com sua mãe e irmã, foi condenada por heresia no verão de 1556 em Guernsey, nas Ilhas do Canal. Perotine não havia revelado às autoridades que ela estava grávida. O calor das chamas fez com que ela desse à luz um filho vivo, que foi arrancado das chamas pelos espectadores. O xerife agarrou o bebê e o jogou de volta à massa em chamas de madeira e carne humana. A aparente razão dele era que o bebê havia estado na mãe quando ela foi condenada a morrer, e assim a sentença de morte também se aplicava a ele.

A execução de “heréticos,” por morte na fogueira, era realizada nas infames estacas. Farris registra em seu livro muitas de tais execuções na fogueira. A palavra “execução” aparece cerca de 100 vezes no livro de Farris. Ele diz que entre 1506 e 1519, a Igreja Católica na Inglaterra queimou na estaca 22 seguidores de John Wycliffe (1328-1384), que fez a primeira tradução da Bíblia para o inglês. Farris conta que em 1529, Thomas More torturou e executou John Tewkesbury na fogueira, por seguir a Bíblia. De acordo com Farris, More realizou muitas execuções semelhantes. Farris disse:

More defendeu suas muitas execuções descrevendo os ‘heréticos’ que foram ‘com justiça’ queimados na estaca.

Na opinião de Carvalho, quem mente sobre as execuções horrendas promovidas pela Igreja Católica 500 anos atrás não é ele, mas sim os americanos. Ironicamente, ele não vive mais no maior país católico do mundo (o Brasil). Ele vive no maior país protestante do mundo, bem no Cinturão Bíblico. Mesmo assim, ele diz:

Esclareço: O mito da Inquisição foi A MAIS VASTA E DURADOURA CAMPANHA DE CALÚNIA E DIFAMAÇÃO DE TODOS OS TEMPOS, DURA ATÉ HOJE, COM FINANCIAMENTO MILIONÁRIO, E PARECE QUE NÃO VAI ACABAR NUNCA. QUEM A INVENTOU NÃO FORAM ILUMINISTAS NEM COMUNISTAS. FORAM PROTESTANTES, QUE CONTINUAM A PROMOVÊ-LA ATÉ AGORA, TENDO COMO CENTRO IRRADIANTE AS IGREJAS DOS EUA. Isso é um fato histórico que nenhum historiador profissional hoje em dia desconhece, e não tem nada a ver com ‘debates teológicos.’

Num comentário de outubro de 2015, o Sr. Carvalho disse que os protestantes anti-Inquisição são piores do que a KGB. Com sua linguagem habitual de afirmar que ele é apoiado por “fatos históricos, abundantemente conhecidos…” (quando na realidade ele não apresenta nenhuma fonte confiável e mascara seus argumentos fracos com um pseudo-intelectualismo), ele disse:

É fato histórico hoje abundantemente conhecido que a ‘lenda negra’ da Inquisição foi de cabo a rabo uma invenção de protestantes, não de iluministas ou comunistas. E é fato que essa lenda foi e é ainda a mais vasta, maliciosa, mentirosa e pertinaz campanha de calúnia e difamação já registrada na História. Dura há quinhentos anos, estende-se por todo o mundo ocidental e não dá o menor sinal de querer parar. A KGB nunca realizou nada DESSE tamanho. Gostem ou não gostem, essa é a realidade.

Aparentemente, só por ser protestante americano Michael Farris estaria envolvido num suposto “mito” e “campanha de difamação” contra a Inquisição e suas execuções. Fico imaginando se Carvalho também incluiria o Rev. Franklin Graham, presidente da Associação Evangelística Billy Graham, que disse sobre a Inquisição:

Muitas pessoas na história usaram o nome de Jesus Cristo para fazer coisas malignas para realizar seus próprios desejos. Mas Jesus ensinou paz, amor e perdão. Ele veio para dar Sua vida pelos pecados da humanidade, não para tirar a vida de ninguém.

Ignorância da Bíblia e do Evangelho é a maior causa dessas confusões, inclusive do papel inegável da Igreja Católica no Brasil promovendo um marxismo teológico que tem feito imenso sucesso no Brasil nos últimos 50 anos. Menos Bíblia significa mais ideologia, mais ganância e mais corrupção. Se a Igreja Católica no Brasil ensinasse seu povo a se dedicar à Palavra de Deus, haveria pouco ou nenhum espaço para a ideologia marxista, e o PT nunca teria sido fundado. E a CNBB seria uma pregadora do Evangelho, não uma pregadora de ideias socialistas. Não se pode, pois, atribuir toda a corrupção epidêmica no Brasil exclusivamente ao marxismo e aos petistas. Como bem mostrou Michael Farris, séculos antes de existir marxismo, a corrupção e a ganância do clero católico na Inglaterra eram coisa de invejar a qualquer petista moderno. Os petistas só não chegaram a queimar na fogueira os verdadeiros seguidores de Jesus. Não é coincidência também que todo o atual escândalo de corrupção petista está ocorrendo no maior país católico do mundo. Em muitos aspectos, isso lembra os escândalos expostos por Farris. Como disse Salomão em Eclesiastes há 3 mil anos, não há nada novo debaixo do sol.

Logo que a Inglaterra se desfez do domínio de um clero católico que a controlava com ganância e abraçou a Reforma protestante com sua prática de leitura da Bíblia, a nação prosperou intensamente, se tornando o Império Britânico. Mas a abertura da Inglaterra à Bíblia não foi total. Onde foi total, houve maior prosperidade, e os Estados Unidos, onde a Bíblia era o livro nacional principal, se tornou um império muito mais importante e poderoso do que o Império Britânico. Thomas More, o assassino que tinha uma câmara de tortura no porão de sua casa para arrancar confissões de suas vítimas “heréticas,” acabou sendo condenado e executado por intrigas políticas. A Igreja Católica o transformou em “santo” e “mártir.” Ele deixou este mundo com um rastro de protestantes torturados e mortos. O foco de sua vida era a religião católica, não obediência a Deus por meio da Bíblia. William Tyndale, considerado por Michael Farris um dos precursores da liberdade religiosa nos EUA, era ferozmente combatido por More e foi condenado à morte na fogueira como “herético.” Tyndale deixou este mundo sem nunca ter torturado e matado um único católico ou discordante religioso. O foco de sua vida era Jesus e Seu Evangelho. Esse é o próprio exemplo dos apóstolos de Jesus, que eram conhecidos por pregar o Evangelho com uma dedicação tão grande que eles estavam dispostos a morrer por ele, não a matar no nome dele. Ignorância da Bíblia leva inevitavelmente à corrupção generalizada e à Inquisição — censura total e mortífera contra os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo. O acesso à leitura da Bíblia é fundamental para a libertação de um povo das trevas do ateísmo e da religião. Todos os primeiros presidentes dos Estados Unidos eram leitores assíduos da Bíblia. Alguns a liam nos originais grego e hebraico. Outros foram também presidentes de sociedades bíblicas, cuja missão era facilitar o acesso e leitura da Bíblia e a evangelização dos povos.

A decadência moral e espiritual da Inglaterra e EUA hoje se deve, coincidentemente, ao fato de que essas duas nações abandonaram, entre suas lideranças políticas e suas populações, a prática da leitura e obediência da Bíblia, cujo acesso foi adquirido para ingleses e americanos por Tyndale e outros com preço de sangue e martírio. Versão em inglês deste artigo: Bible Ignorance, Clergy Corruption and the Inquisition in England before the Reformation Fonte: www.juliosevero.com

16/01/2016

A Construção do Governo Mundial

Por Israel C. S. Rocha.

E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.(Apocalipse 13:4 e 8)

A construção do império do Anticristo nos campos econômico, militar, político e religioso, remonta à Babilônia e à Torre de Babel ninrodiana. À confraria de construtores babilônicos, que hoje chamamos Maçonaria, e à sua legião de asseclas, deve-se o reconhecimento pelo eficiente trabalho na construção desta Nova Ordem Mundial, pautada na:

  1. Consolidação do Governo Mundial
  2. Entronização de um Líder Espiritual, Político e Militar Mundial
  3. Redução Populacional: aborto, guerras, fomes, doenças, eutanásia, esterilização química...
  4. Destruição dos valores judaico-cristãos: família, moral, casamento, santidade, temor à Deus...
  5. Consolidação de uma Religião Universal
  6. Tecnocracia e Transhumanismo

Neste vídeo do portal InfoWars, Alex Jones expõe alguns dos planos da elite global e as forças por trás do construtores da Nova Ordem, os quais, tal como profetizado em Apocalipse 17, possuem o mesmo intento:

E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. (Apocalipse 17:12,13)

13/01/2016

O Engano Pré-milienista (Brian Schwertley) - Parte I

O Quiliasmo examinado à luz das Escrituras, por Brian Schwertley

Neste estudo, Brian Schwertley, discorre sobre o pré-milenismo, que segundo ele não era crido pela igreja até o final do século XIX. De acordo com Schwertley, somente em 1905, tornou-se uma "verdade", embora contradiga os evangelhos e epístolas.

Traduzido do artigo original em inglês, pelo autor deste Blog, em janeiro de 2016

Contradições Pré-milenistas

A visão escatológica predominante no século XX entre os cristãos que creem na Bíblia é a pré-milenista. Pré-milenismo é a visão de que após Sua segunda vinda, Jesus Cristo governará a Terra por mil anos. Portanto, a Segunda Vinda de Cristo é antes do milênio (pré-milenismo). Pré-milenistas ensinam que, na segunda vinda de Jesus, os santos que estiverem vivos serão arrebatados e os santos que já morreram serão ressuscitados dos mortos. Que todos eles receberão um corpo glorificado e imortal, encontrar-se-ão com Cristo nos ares e retornarão para governar, com Ele, a Terra por um período de mil anos onde haverá paz e justiça em escala mundial.

Ao final deste período, Satanás será solto de sua prisão para enganar as nações. Numerosos exércitos rebelar-se-ão e atacarão Cristo e os Santos em Jerusalém, mas serão destruídos por fogo vindo do Céu. Após derrotar os exércitos rebeldes acreditam que virá a ressurreição o Juízo Final e então a eternidade. Isto é, em resumo, a essência do pré-milenismo; porém há muitas variantes dela. Dentre os pré-milenistas há os pré-tribulacionistas, os meso e os pós-tribulacionistas. Pré-milenistas dispensacionistas colocam o arrebatamento não na segunda vinda mas, no início dos sete anos da Grande Tribulação.

  • O mito da interpretação literal vs. não-literal
  • Os pré-milenistas argumentam que se atém a uma interpretação literal das Escrituras enquanto acusam seus oponentes teológicos (como os pós-milenistas) de tendenciosamente espiritualizar textos proféticas. Mas a verdade é que tanto pré-milenistas quanto amilenistas e pós-milenistas acreditam que as Escrituras devem ser interpretadas literalmente em alguns momentos e figurativamente em outros, dependendo do contexto do texto e da intenção do autor. Autores pré-milenistas dizem aos seus leitores que interpretam a Bíblia literalmente, mas, se você ler seus livros, cenas que na Bíblia ocorrem com arcos, flechas e cavalos transformam-se nos livros em batalhas futurísticas com blindados, helicópteros e aviões. A marca da besta transforma-se em um chip de computador ou um código de barras. Gafanhotos vindos do Abismo supostamente transformam-se em helicópteros de ataque e assim por diante. Algum autor ou comentarista pré-milenista que acredite que a Besta que surge do mar com sete cabeças e dez chifres seja uma criatura literal? A questão é que pré-milenistas, amilenistas e pós-milenistas interpretam algumas passagens bíblicas figurativamente e outras literalmente.

    A única forma de determinar quem detém a melhor interpretação é lançar mão de alguns princípios bíblicos de interpretação ao examinar as passagens em questão. O que significa dizer que o contexto, o público a quem se destina a mensagem, a intenção do autor, o tempo em que foi escrito, etc, devem ser considerados. Além do mais, a Escritura não pode contradizer a Escritura, portanto, quando duas passagens parecem se conflitar, a passagem mais esclarecedora deve ser usada para interpretar a menos evidente. Esse princípio é muito importante uma vez que há muitas passagens esclarecedoras no Novo Testamento sobre a Segunda Vinda de Cristo.

    O Pré-milenismo é baseado em uma interpretação literal do capítulo 20 de Apocalipse.

    E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.

    E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.

    Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.

    E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.

    E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.

    E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

    E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. (Apocalipse 20:1-15)

    A muitos pré-milenistas é dito que fundamentalistas creem no Pré-milenismo, enquanto que teólogos liberais são pós-milenistas. O que muitos pré-milenistas não sabem é que a visão dominante entre os cristão protestantes advindos da Reforma até o final do século XIX era, de fato, a pós-milenista. O pré-milenismo tornou-se dominante em 1909 após a publicação da Bíblia de Referência Scofield. Pré-milenistas geralmente não se dão conta dos sérios problemas teológicos e exegéticos de sua interpretação.

  • O dia do Senhor
  • A posição pré-milenista é que Jesus retornará e os Santos serão ressuscitados, então, depois de mil anos de governar a Terra, virá o Juízo Final e os ímpios serão julgados. Observe que os pré-milenistas acreditam em um intervalo de mil anos entre a segunda vinda de Cristo e o Juízo Final. A ressurreição dos Santos e a ressurreição dos ímpios também são separadas por mil anos. Mas a Bíblia ensina haver um hiato de mil anos entre a segunda vinda de Cristo e o Juízo Final? Ela ensina que haverá um hiato de mil anos entre as ressurreição dos justos e a dos ímpios? Na verdade, não há intervalo entre estes eventos. De fato, como será mostrado, a Bíblia ensina que esse eventos são para ocorrer no mesmo dia. Assim sendo, pré-milenismo é teologicamente e biblicamente impossível.

    Os evangelhos e epístolas apresentam uma fotografia unificada da segunda vinda de Jesus Cristo: a segunda vinda, o arrebatamento, a ressurreição dos justos e ímpios e o juízo dos justos e ímpios ocorrerão no mesmo dia. O apóstolo Paulo ensina que quando Cristo retornar, Ele trará vingança sobre os ímpios. Os ímpios receberão a perdição eterna, mas Cristo habitará com os Santos. Todos o que crê admirar-se-á e glorificará a Cristo. Quando isto irá ocorrer? No "mesmo dia" (singular):

    E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder, Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que creem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós). (2 Tessalonicenses 1:7-10)

    Há intervalo de mil anos entre a perdição dos ímpios e a glorificação do santos? Não, ambos ocorrem "naquele dia". Cristo esmagará os ímpios de Seus trono em Jerusalém? No, Ele aparecerá nos Céus. No derradeiro dia, Cristo virá dos Céus para julgar a todos os homens, sejam justos ou ímpios.

    O galardão dos justos e a punição dos ímpios são entrelaçados entre si e ao tempo; e sucedem imediatamente à segunda vinda do Senhor. Certamente esta passagem deve esclarecer completamente que não há um arrebatamento secreto seguido, em um intervalo de 7 anos, por uma ampla revelação do Senhor e Sua glória ao mundo. Certamente está perfeitamente claro também que uma vez que a vinda do Senhor traz aos ímpios 'perdição eterna longe da face do Senhor', nenhum ímpio sobreviverá a Sua vinda para ser governado em um milênio vindouro. Mas, segundo a ótica pré-milenista, devem haver ímpios sobreviventes.

    O apóstolo Paulo ensina que Cristo retornará a Terra e então estabelecerá um governo milenar que será sucedido por um juízo final? Não, ele não ensina. Paulo diz que a segunda vinda de Cristo e a glorificação dos santos irá ocorrer imediatamente antes da eternidade. Paulo não ensina que haverá um hiato de mil anos entr a segunda vinda e a fim da história humana na Terra:

    Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. (1 Coríntios 15:23-25)
    E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. (1 Coríntios 15:50-54)

    Cristo retorna, os santos recebem corpos glorificados e imortais e "então virá o fim". Não há um reino milenar, pois quando Cristo retornar Ele entregará o reino ao Pai. Ademais, depois do retorno de Cristo, a morte será completamente destruída e abolida. Como então podem haver convertidos no milênio que vivem, tem filhos e morrem, se a morte é abolida na segunda vinda?

    O propósito da última parte do capítulo 15 de 1 Coríntios é mostrar que após a ressurreição, os corpos dos crentes serão serão como o glorioso corpo do Filho de Deus, adaptado a condição celestial e não terrena.

    O apóstolo Paulo ensina que justos e ímpios serão julgados no mesmo dia:

    Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber:

    A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; (Romanos 2:5-8)

    Os apóstolos inspirados (pelo Espírito) não dizem coisa alguma sobre um intervalo milenar entre o juízo dos justos e ímpios. A segunda vinda de Cristo é sempre associada, nas Escrituras, ao Juízo Final de todos os homens, que ocorrerá

    No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho. (Romanos 2:16)

    O apóstolo Paulo sempre ensinou em suas epístolas que a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos justos e ímpios ocorreriam no mesmo dia: o dia do Senhor. Ele diz:

    Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; (1 Tessalonicenses 5:1-4)
    Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. (1 Tessalonicenses 5:9,10)
    Paulo associa a segunda vinda com a ressurreição, a subsequente glória dos santos e a repentina destruição dos ímpios. Sem sombra de dúvidas, aquele dia é tal que os crentes devem esperar vigilantemente (1 Tessalonicenses 5:4-10), pois obterão salvação em toda sua plenitude (v. 9) para então viver "com ele" (v. 10); e tal que levará, a falsa segurança dos descrentes, ao fim, em repentina destruição.
    Paulo não diz ao povo de Tessalônica que um arrebatamento secreto ocorrerá sete anos antes da segunda vinda. O arrebatamento ocorre no mesmo dia que os ímpios são julgados.
    Certamente, Paulo não teria escrito essas palavras se esperasse por um arrebatamento secreto, Não há nesta passagem qualquer indício que cristãos serão arrebatados sete anos antes do dia do julgamento. Ao invés disto, eles receberão alívio da tribulação e do sofrimento da "vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho" (2 Tessalonicenses 1:8).

    Se os cristãos estão para ser secretamente arrebatados da Terra sete anos antes da segunda vinda de Cristo, então por que as Escrituras repetidamente ensina que os cristão permanecerão na Terra até a revelação de Cristo? A ressurreição dos justos e ímpios e o juízo final ocorreção nesmo dia (o dia do Senhor), conforme Mateus 13:47-50; 25:31-34, 41, 46; João 5:28-29; 6:3-40, 44, 54; Romanos 2:5-8, 16; 1 Tessalonicences 5:1-4, 9-10, etc.

    Se os ímpios recebem "repentina destruição" e os santos são glorificados, ninguém é deixado de fora para popular a Terra durante reinado milenar pré-milenista. Depois que os cristãos recebem seus corpos celestiais e glorificados, eles não se casarão nem terão filhos. Quem, então, haverá para rebelar-se contra Cristo ao final dos mil anos do reino milenar? Os santos glorificados certamente não, nem os descrente, pois estarão sofrendo a tormenta no Lago de Fogo.

    O apóstolo Pedro concorda com o ensino de Paulo acerca da segunda vinda de Cristo. Em sua segunda epístola ele trata com escarnecedores que negam a segunda vinda:

    E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,

    Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.

    Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? (2 Pedro 3:4-12)

    Pedro ensina que a segunda vinda, o dia do julgamento e o começo da eternidade ocorrerá contemporaneamente. Tal como Paulo, Pedro afirma que estes eventos ocorrerão no "dia do Senhor". Porém, de acordo como o pré-milenismo, Cristo não virá no dia do julgamento, pois Ele já estará na Terra governando de Jerusalém. No entanto, Pedro diz que quando Cristo retorna, o julgamento ocorre e então os céus e Terra são destruídos. Portanto, o relato de Pedro sobre a vinda de Cristo contradiz a doutrina pré-milenista.

    Pré-milenistas ensinam que haverá um intervalo de mil anos entre a ressurreição dos justos e a dos ímpios. Ensinam que a ressurreição dos ímpios ocorre ao final do milênio. Porém, parábolas de Jesus contradizem esta visão. Na parábola do Trigo e do Joio, Jesus diz que ambos crescerão juntos até a colheita:

    Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. (Mateus 13:30)
    Quando Jesus explicou essa parábola a Seus discípulos (Mateus 13:36-43), Ele indicou o tempo em que a colheita aconteceria. Ele disse que a colheita é o fim do mundo e que os ceifeiros são anjos (v. 39). Para evitar qualquer entendimento de uma colheita parcial antes da completa, é utilizada a palavra grega sunteleia (v. 39), que significa consumação e pleno fim. De acordo com Concordância Analítica de Robert Young, sunteleia é usada somente seis vezes no Novo Testamento e sempre referindo-se ao Dia do Julgamento, que é, o fim do mundo... O uso desta palavra grega em cada um dos versos absolutamente impede qualquer possibilidade de justos serem tirados do mundo antes da consumação dos séculos.
    No final, a separação será tal que os ímpios serão lançados no fogo do inferno e os justos irão para o Céu.

    No capítulo 25 de Mateus, Jesus instruiu Seus discípulos acerca da segunda vinda que:

    E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. (Mateus 25:31-46)

    Cristo descreveu um julgamento comum a todos os homens, não só aos ímpios. Ele colocou o julgamento final imediatamente após Sua vinda, não mil anos depois.

    O cristão, em geral, acredita que Mateus 25:31-56 é uma fotografia do Juízo Final. E ele está certo. Mas os pré-milenistas tem que explicar essa passagem à parte, uma vez que ela não se encaixa em sua visão profética. Em sua interpretação eles tem que abandonar a literal da qual tanto falam e explicar "todas as nações" não são "todas as nações", e que aquelas nações estão lá, lá estão somente "representativamente". Mas não há nada nesta passagem indicando isto. Está claro que o tema é o universal Juízo Final.

    Jesus claramente ensinou que haverá uma ressurreição universal na qual todos os homens serão ressuscitados no mesmo dia. Ele não diz que apenas alguns serão e o resto mil anos depois (ou 1007 anos, na visão dispensacionalista):

    Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. (João 5:28,29)

    A ideia de que a ressurreição dos justos irá ocorrer mil (ou mil e sete) anos antes do fim do mundo contradiz o que Jesus disse, por mais quatro vezes no capítulo 6 de João:

    E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:39,40)

    O último dia é o dia do julgamento. "Claramente não pode haver outros dias depois do último dia.".

    A resposta dispensacionalista a essas objeções é argumentar que haverá um arrebatamento secreto antes da tribulação de sete anos, em que todos os cristãos serão arrebatados da Terra. E, ao longo da tribulação de sete anos, haverá expressiva conversão de judeus. Esses santos do pós-arrebatamento terão filhos e assim originarão novos crentes não-glorificados para uma ressurreição e julgamento universal ao fim do milênio.

    O problema desta visão é que a Bíblia não ensina a ocorrência de um arrebatamento secreto sete anos antes da segunda vinda de Cristo. Em 2 Tessalonicenses 1.5-10, Paulo diz que o dia em que Cristo vier para ser glorificado pelos Seus santos é precisamente o mesmo dia em que Ele retornará ‘em chamas flamejantes’ para julgar os ímpios. Em 2 Tessalonicenses 1.5-10, Paulo conforta os santos da igreja de Tessalônica com a abençoada esperança do alívio que terão juntamente com ele, na ocasião do retorno de Cristo, em chamas flamejantes, a fim de punir aqueles que traziam tribulação à igreja.

    No entanto, de acordo com as suposições dispensacionalistas, essa passagem não pode referir-se à bendita esperança dos cristãos, pois, no pensamento dispensacionalista não há vínculo entre o julgamento punitivo e o retorno de Cristo à Sua igreja, que é o que constitui o arrebatamento secreto.

    Os dispensacionalistas alegam que a "bendita esperança" refere-se ao arrebatamento secreto. No entanto, Paulo coloca a expressão "bendita esperança" em associação com a "gloriosa manifestação" de Cristo, em Tito 2:13. No entender de Paulo, o arrebatamento e a visível e notória segunda vinda de Cristo são concomitantes; e não separados por sete anos. Além disso, 1 Tessalonicences 4:16 explicitamente ensina que o arrebatamento é um evento público, não secreto:

    Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.

    Se o arrebatamento fosse ocorrer sete anos antes da segunda vinda de Cristo, então, qualquer um poderia calcular o ano, mês e dia de Sua segunda vinda. Mas Jesus disse que "quanto ao dia e à hora" da Sua vinda, ninguém sabe (Marcos 13:32). Não há na Bíblia um vestígio de evidência sequer acerca de um arrebatamento secreto sete anos antes da segunda vinda visível de Cristo. A teoria do arrebatamento secreto não pode ser encontrada na igreja antes de 1830. Após um cuidadoso estudo de todas as citações, palavras e versículos relacionados ao arrebatamento e à segunda vinda, Oswald T. Allis escreveu:

    A questão que nos contronta é essa: se a distinção entre o arrebatamento e o aparecimento é tão grande quanto dizem os dispensacionalistas, então, como explicar o lapso de Paulo em distingui-las claramente? E o lapso de outros escritores como Pedro, Tiago e João? Paulo era versado em lógica e ábil a construir distinções contundentes. Se ele quisesse, ou se fosse importante, distinguir esses dois eventos, ele o teria feito muito facilmente. Por que ele usou uma linguagem que os dispensacionalistas devem admitir ser confusa? Feinberg - um notório erudito dispensacionalista - fez a seguinte afirmação surpreendente acerca disto:

    "Nos concluímos então, a partir estudo em si das palavras gregas que a distinção entre a vinda do Senhor para Seus Santos e com Seus Santos não deve ser aceita. (Premillennialism or Amillennialism? p. 207)"

    Tal aceitação, levanta a questão se a distinção é válida, se é importante, então a linguagem ambígua de Paulo é, assim dizendo com reverência, indesculpável. Mas se a distinção é insignificante, então a precisão da afirmação seria desnecessária. Portanto, concluímos que a linguagem do Novo Testamento, em especial a de Paulo, simplesmente não falha em provar distinção que os dispensacionalistas insistem, mas, ao invés disso, indica clara e inequivocamente que ela não existe.

Continua...

11/01/2016

Jesus à porta do coração?!

Irmão Clóvis, Portal Cinco Solas

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. (Apocalipse 3.20)

O versículo de Apocalipse 3:20 é comumente utilizado para comprovar que Jesus está à porta batendo e é o homem que decide abrir ou não a porta. A aplicação feita é sempre em defesa do livre arbítrio do homem, em contraposição à doutrina da graça eficaz, pela qual Deus não apenas dá o desejo como a capacidade de crer nEle. A interpretação arminiana desse versículo é bem expressa na figura de Jesus do lado de fora de uma porta, segurando com uma das mãos uma luz e com a outra batendo em uma porta sem trinco. Uma legenda normalmente informa que a falta de trinco se explica pelo fato de a porta do coração só se abrir pelo lado de dentro.

Vamos estudar esse versículo sob dois aspectos, primeiro de forma isolada e depois em seu contexto e veremos se ele ensina o que alegam ensinar.

O versículo de forma isolada não ensina o livre arbítrio

O versículo coloca Jesus à porta, batendo e falando para que a abram. O que leva alguém abrir a porta é o ouvir a voz dEle. Uma vez aberta a porta, Ele entra na casa e faz uma refeição com quem a abriu. É impossível ir mais longe que isso na interpretação isolada dessa passagem.

É importante notar que palavras como livre arbítrio, vontade, querer e escolha sequer aparecem no texto, embora fique implícito que há duas possibilidade: abrir e não abrir. Mas não há uma declaração positiva a respeito do livre arbítrio nem uma interpretação natural e necessária que requeira isso.

Voltando ao ato condicionante do abrir a porta: o ouvir a voz de Cristo. O texto bíblico não diz "ao ouvir" mas "se ouvir", deixando claro que nem todos ouvem. Na pregação do Evangelho, o ouvir é fator determinante:

Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi. (Isaías 55:3)
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. (Romanos 10:14-17)

O fato é que, embora o Evangelho seja pregado a todos sem distinção, nem todos o ouvem, no sentido bíblico do termo:

Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo. (Isaías 6:10)
Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. (Mateus 13:15)

Jesus deixa claro, no Evangelho de João, que nem todos ouvem Sua voz, crêem em Suas palavras e O seguem. E dá a razão disso:

Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. (João 10:26-28)
Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz. (João 10:3-4)
Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor. (João 10:16)
Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. (João 5:25)
Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. (João 8:43)
Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. (João 8:47)

Pelas palavras acima fica claro que nem todos ouvem a voz de Jesus, que aqueles que ouvem é por que são as suas ovelhas e que aqueles que não ouvem, não ouvem porque não são "das minhas ovelhas" e não são "de Deus". Como o ouvir não é uma ação autônoma do homem, mas algo operado por Deus nele, fica claro que Apocalipse 3:20, visto isoladamente, não ensina o livre arbítrio.

Mas, estudar um texto de forma isolada não é uma boa prática de interpretação, pois o todo texto deve ser lido e entendido à luz de seu contexto. E quando colocamos o texto em questão dentro de seu contexto percebemos claramente que ele não é dirigido a descrentes e que, portanto, não é uma passagem evangelística.

O versículo em seu contexto não se refere a evangelismo

Vejamos o contexto bíblico imediato e mediato do texto em consideração:

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.

Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.. (Apocalipse 3:14-22)

A série de sete cartas são dirigidas não a descrentes, mas aos crentes das igrejas estabelecidas na Ásia:

Dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. (Apocalipse 1:11)

Da mesma forma, ao concluir cada carta, há um aviso solene:

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Apocalipse 3:22)

Todo o texto contido nas cartas apocalípticas se dirigem e se referem à igreja, portanto a crentes. Não é um texto evangelístico no sentido que está falando a pecadores não crentes que precisam abrir a porta de seus corações a Jesus. Se bem que é verdade que as pessoas devem ser instadas a crerem na mensagem do Evangelho e a aceitarem a Jesus, mas o texto em apreço não é um apelo dirigido a quem ainda não se converteu.

A carta em que Jesus diz estar batendo à porta é dirigida ao "anjo da igreja" de Laodicéia, o que creio seja o pastor da igreja. Com isso, a mensagem é dirigida a todos os crentes laodicenses. Jesus é direto ao dizer "conheço as tuas obras" e ao taxá-los de mornos.

Eram crentes autoconfiantes, visto não sentirem falta de coisa alguma, sem perceberem a sua realidade de pobreza espiritual. Apesar disso Jesus os ama e por isso a disciplina seria certa. Conclama-os ao zelo e ao arrependimento. Todas essas palavras deixam claro que Jesus está se dirigindo a crentes e não a descrentes. Pois somente as obras de crentes tem valor gradual, a dos descrentes não tem valor algum, somente os filhos são disciplinados e somente crentes podem ter zelo com as coisas de Deus. Após dirigir essas duras palavras, e no mesmo fôlego, Jesus diz "eis que estou à porta e bato". Não há nada no texto que sugira, nem de longe, que Jesus mudou o destinatário de suas palavras. Ele continua falando com crentes, o que fica claro quando diz, em seguida, "ao vencedor", título somente atribuível aos feitos mais que vencedores por Cristo e pelo aviso solene para ouvir o que o Espírito diz "às igrejas".

Conclusão

A conclusão é que Apocalipse 3:20 não é dirigido a descrentes, mas a uma igreja que, confiante em seus próprios recursos, torna-se independente de Jesus, negando o Seu senhorio, deixando-O, na prática, de fora de seus assuntos. É uma igreja em que Jesus bate à porta, querendo assumir a posição de centralidade que lhe é de direito, como o cabeça da igreja. Concluir que Jesus está batendo à porta do coração de pecadores é fazer uma aplicação, com demasiada liberdade, de um texto fora de seu contexto.

Um texto deve ser compreendido à luz de seu contexto, apoiado sempre por passagens paralelas e em conformidade com o ensino geral das Escrituras, tendo em mente que a revelação bíblica é progressiva.

Assim, a análise isolada de um texto não serve para referendar uma doutrina, exceto quando claramente embasada por outras passagens bíblicas. Mas isto, não é o que ocorre com, o popular e extra-bíblico, livre arbítrio. Não há nas Escrituras uma só passagem que o suporte e mesmo as inferências feitas a partir de passagens como Apocalipse 3:20, após um melhor exame, mostram-se totalmente falhas. Isto por que, ao analisar o texto pressupondo a existência do livre arbítrio, parece que o mesmo é ensinado em tal passagem. Porém posto à prova, o pressuposto mostra-se um equívoco.

Assim, mesmo analisado de forma isolada, Apocalípse 3:20 não ensina nem suporta a filosofia humanista do livre arbítrio. E quando iluminado pelo contexto, tal passagem sequer se refere ou se dirige a não-crentes, mas a crentes mornos que negligenciaram o senhorio de Cristo e desenvolveram um falso senso de autossuficiência.

Texto revisado pelo autor deste blog em 10 de janeiro de 2016

04/01/2016

O Céu e o Inferno (C.H. Spurgeon)

Sermão pregado na noite de terça-feira 4 de Setembro de 1855 Por Charles Haddon Spurgeon ao ar livre em King Edward's Road, Hackney.
(Portal Projeto Spurgeon)

Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; e os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. (Mateus 8:11-12)