16/08/2015

As Três Horas de Trevas (C. H. Spurgeon)

E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
(Mateus cap. 27 v. 45)

Desde as nove da manhã até ao meio-dia, a luz do Sol iluminou com toda sua intensidade usual; de tal forma que os adversários de nosso Senhor tiveram tempo suficiente para contemplar e insultar Seus sofrimentos. Não poderia haver nenhum equivoco a respeito do fato de que Ele estava realmente cravado na cruz. Pois, Ele foi crucificado em plena luz do dia. Estamos plenamente convencidos que foi Jesus de Nazaré, já que tanto seus amigos como seus inimigos foram testemunhas oculares de Sua agonia: durante três longas horas os judeus estiveram sentados ali o contemplando na cruz, zombando de Suas misérias.

Dou graças por essas três horas de luz. Do contrário, os inimigos de nossa fé teriam questionado se verdadeiramente o corpo bendito de nosso Senhor foi cravado na cruz, e haveriam dado motivo a inumeráveis fantasias, tão abundantes como os morcegos e as corujas que rondam na escuridão. Onde estariam as testemunhas dessa solene cena se o sol estivesse oculto desde manhã até de noite? Posto que três horas de luz proporcionaram a oportunidade de que se verificasse e de que se pudesse dar testemunho do fato, vemos nisso a sabedoria que não permitiu que a luz se dissipará tão rapidamente.

Por Charles Haddon Spurgeon. Sermão pregado no Domingo de 18 de Abril de 1886, no Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.
Traduzido de http://www.spurgeon.com.mx/sermon1896.html. Todo direito de tradução protegido por lei internacional de domínio público.
Tradução e revisão: Armando Marcos Pinto