Neste artigo publicado no Portal AntiNOM, é evidenciado como a vigilância estatal do cidadão comum americano tem se intensificado sob o pretexto de prevenção da violência e para evitar um novo '11/9'. Crianças são monitoradas desde sua tenra idade, tem seu perfil traçado e monitorado numa quase (ou futura) inquisição moderna. Para o que tanta informação sobre a vida de tantas pessoas será usada? O artigo sugere que será para um controle ditatorial perfeito, como nunca antes visto na História.
Há cada vez mais claros indícios sobre o tipo de inferno ditatorial que estão criando para o dia de amanhã se não remediarmos agora.
A esta altura, todo o mundo sabe que a NSA e outras agências se dedicam a espionar todos os cidadãos do mundo, coletando praticamente todos os fragmentos de informação que trocamos entre nós quando nos comunicamos, independentemente se somos "terroristas malvados" ou se "não fazemos nenhum mal".
Mas, alguém sabe o que é feito com toda essa informação, pelo menos nos EUA?
Além de seu valor na área de consumo e do comércio, os dados são utilizados para criar "avaliações de ameaça" e indicar às autoridades qualquer pessoa que considerem que possa ser problemática, o que seria uma método análogo de pré-crime do filme Minority report. Investigadores da Universidade da Virgínia financiados pelo Exército dos EUA, demonstraram recentemente que não apenas podem recompilar informação das contas pessoais do Twitter dos indivíduos, como a NSA faz, como também são capazes de analisar essa informação com algorítimos preditivos avançados, desenvolvidos para determinar as futuras ações dos indivíduos. Neste caso, as investigações se concentraram especificamente na predição de delitos por parte de indivíduos, assim como na detecção de "pontos quentes" de crimes em todo o país. Ou seja, qualquer comentário que você faça nas redes sociais é armazenado e analisado, e com ele, um cidadão pode chegar a ser classificado como uma "potencial ameaça para a segurança", embora não tenha feito nada a ninguém.
E, uma vez que a pessoa é classificada desta forma, as autoridades podem tornar que seja mais difícil que ela consiga trabalho, lhe concedam um empréstimo, viaje com normalidade sem ser interrogada nos aeroportos ou desfrute dos supostos direitos que correspondem a uma "sociedade livre". Em outras palavras: essa quantidade de dados podem servir para classificar as pessoas como "convenientes" ou inconvenientes" ao sistema, e tornar a vida miserável para os indisciplinados, rebeldes ou os livres pensadores, com a desculpa de perseguir o terrorismo. Mas nos EUA, esta classificação dos indivíduos já não se limita apenas aos dados coletados com a vigilância em massa de nossas comunicações. Vai muito além no tempo e representa uma política terrorista de repressão a longo prazo, próprio de uma novela distópica. Na verdade, essa classificação como "potenciais ameaças", começa, nada mais nada menos que nas creches e nos colégios.
Como afirma o site MassPrivatel:
O governo dos EUA, quer nos fazer acreditar que qualquer estudante pode ser uma potencial ameaça que precisamos deter.
Cada estudante dos EUA recebe uma "Avaliação de Ameaça" da polícia e dos administradores da escola. No estado da Virgínia, as escolas e a polícia estão utilizando um sistema para classificar os estudantes conhecidos como V-STAG, sigla em inglês para Diretrizes de Avaliação de Ameaça Estudantil na Virgínia. O V-STAG é um processo escolar desenvolvido para ajudar os administradores escolares, o pessoal da saúde mental e os agentes da ordem, permitindo avaliar e responder a incidentes que impliquem aos estudantes de todas as idades desde o jardim de infância até o 2º grau, com o objetivo de prevenir a violência estudantil". Este programa e outros similares, foram desenvolvidos a nível federal, com a participação do FBI e coordenados através de organizações locais, estatais e privadas. A ideia é implementar uma rede de vigilância em todos os níveis do sistema, com o objetivo de classificar e denunciar as condutas "potencialmente perigosas" de qualquer indivíduo, desde sua mais terna infância.
Se supõe que as escolas deveriam dedicar-se a ajudar as crianças a aprenderem, educando-as para viver em sociedade e para serem adultos responsáveis no dia de amanhã. Mas com estes protocolos, as escolas se tornaram em órgãos de vigilância e paranoicos, os quais avaliam até o menor gesto ou erro dos alunos e os convertem em "potenciais sinais ou advertência de crimes e delitos que cometeriam no futuro". E o fato de começar a tratar as pessoas como criminosas, inclusive antes mesmo de terem feito nada, o que potencialmente conseguirão criar serão profecias auto-realizáveis.
O Serviço Secreto elaborou um relatório intitulado: "Relatório final e conclusões da Iniciativa de Segurança Escolar". "A Iniciativa de Segurança Escolar" foi implementada através do Centro de Avaliação de Ameaças do Serviço Secreto e do Programa de Escolas Seguras e Livres de Drogas do Departamento de Educação. Para cada estudante é elaborado um perfil e lhe dado uma qualificação de avaliação de riscos, e acordo com o artigo do Serviço Secreto intitulado "Avaliação de riscos de violência nas escolas: Comparação de avaliação de riscos, avaliação de ameaça e outros enfoques". Estes programas permitem que a polícia e os administradores possam submeter as crianças aos controle de saúde mental até que atinjam a idade adulta.
Este sistema foi desenvolvido para transcender a vida de um estudante e combinar com outros sistemas de seguimento e "avaliação de potenciais ameaças" os quais já estão submetidos os adultos da população em geral. Um dos campos no qual está sendo aplicado esta "avaliação de potenciais ameaças" é no campo da violência ao gênero, com o suposto objetivo de detectar possíveis casos futuros de abusos sexuais ou condutas abusivas contra as mulheres. Mas este sistema de avaliação preventiva, é apenas um dos muitos em desenvolvimento na atualidade...
A todos estes métodos de controle preventivo e classificação dos alunos, devemos acrescentar uma infinidade de programas de vigilância e avaliação que os alunos, atualmente nos EUA e que ameaçam a se estender no futuro para os demais países. Por exemplo, o Skyfactor é um programa utilizado atualmente em 150 universidades dos EUA; o programa supervisiona e avalia as notas dos estudantes, monitora a frequência de cada estudante nas classes, sua participação em práticas desportivas e seus problemas financeiros com a universidade, com a finalidade de prever quando o estudante poderia decidir abandonar seus estudos e para abordá-lo antes que tome a decisão (visto que isto implica em perda de dinheiro para a universidade, já que o aluno deixa de pagar suas taxas). Outro sistema de vigilância preventiva, é o criado por Andrew Campbell, professor de ciências informáticas da Universidade de Dartmouth; se trata de um aplicativo para smartphone que monitora a saúde mental dos estudantes 24 horas por dia, 7 dias na semana, chamado StudentLife. Não vamos tardar ver este tipo de tecnologia de controle preventivo de saúde mental, estendendo-se a todos os âmbitos. Outro aplicativo de controle é o chamado CourseSmart, já presente no mundo todo e orientado a espionar os hábitos de leitura de livros eletrônico dos estudantes e permite não apenas saber quais livros os alunos leem, mas inclusive saber qual e quantas páginas leem a cada dia. É realmente útil e positivo que os professores saibam exatamente quais páginas os alunos leram em um determinado dia?
Alguém está consciente do nível de controle inquisitorial que em breve estaremos submetidos? estamos falando de estudantes completamente controlados desde pequenos até a idade adulta, tratados como máquinas de comportamento previsível, os quais se devem ir apertando os parafusos antes que se afrouxem.
Vigiar, avaliar e classificar as pessoas desde sua mais tenra idade como "potenciais ameaças" que devem ser vigiadas, para algumas pessoas talvez pareça uma boa política preventiva de crimes. Mas deveríamos pensar um pouco antes de tirar conclusões.
Na realidade, é que estes protocolos os quais vigiam e classificam as pessoas como "ameaças", embora não tenham cometido crimes ou erros, estão diretamente orientados a perseguir os dissidentes, os críticos, os rebeldes ou os possíveis adversários políticos ou ideológicos que atuem contra o sistema ou o status quo. É um sistema criado para eliminar qualquer tipo de dissidência, no qual todos saberemos que estamos sendo estritamente vigiados por olhos invisíveis que analisarão até o último detalhe de nossas existências. A aplicação destes sistemas criará uma sociedade de pessoas temerosas, dispostas a obedecer servilmente, desde a infância a todas as instruções que as autoridades lhe derem, por temer serem classificadas como uma "potencial ameaça". Isso significa a morte total da liberdade de expressão, ação e pensamento.
Sob o pretexto da "correção política" e da luta contra a "violência", a "discriminação" e o "terrorismo", e graças a um sistema de vigilância em massa de alta tecnologia sem precedentes, o mundo de amanhã terá a pior tirania da história da humanidade, uma tirania na qual o simples fato de pensar algo considerado "incorreto" ou "potencialmente perigoso", já poderemos ser perseguidos como se fossemos criminosos ou doentes mentais. Uma prisão do pensamento. Isto já está começando a acontecer, debaixo dos nossos olhos... mas há muitas pessoas que se negam a ver...