31/01/2016

Notícias JAN/16

A PEDOFILIA VAI À ESCOLA

Por Percival Puggina, Portal Puggina, em 20 de janeiro de 2016.

Você já parou para pensar sobre o motivo dessa farta produção de literatura voltada à educação sexual nas escolas? Não vou nominar obras para não fazer publicidade de lixo pedagógico, mas há de tudo. O famoso kit gay não foi o primeiro nem o último material pernicioso. O Ministério Público chegou a intervir, em alguns casos, para impedir a distribuição. Há publicações que, explicitamente, estimulam experiências auto-eróticas, heterossexuais e homossexuais. Um desses livrinhos vem com a recomendação, aos pequenos leitores, de que devem conservar o referido "material escolar" fora do alcance dos pais...

A questão que me interessa aqui é a existência de uma pedagogia da educação sexual que anda de braços com a pedofilia. É estarrecedor. Todo esse material que de um modo ou de outro chegou a alunos ou a bibliotecas de escolas tem rótulo de coisa pedagógica. Quando suscita escândalo, é defendido com a afirmação de estar destinado a professores ou a adolescentes. Falem sério! Professores e adolescentes precisam de livro sobre sexualidade, com figurinhas para público infantil?

Estamos, portanto, diante de algo sistemático, reincidente e renitente, que passa por cima, atropelando ("problematizando", para usar palavra da pedagogia marxista) a orientação dos pais. Essa educação sexual, se não está empenhada em antecipar o processo de erotização no desenvolvimento infantil, está dedicada a algo tão parecido com isso que se torna impossível perceber a diferença. Se não está dedicada a disseminar a ideia de que o corpo humano, já na mais tenra idade, é um parque de diversões eróticas, o produto de seu trabalho será inequivocamente esse. Se não pretende oferecer a crianças e adolescentes um cardápio de opções sexuais para escolherem como sanduíche no balcão do McDonalds, é a isso que levam suas propostas.

A simples ideia de que tais orientações encontrem guarida em receitas pedagógicas no ambiente acadêmico e educacional do país é repugnante. No entanto, já em 1998, no capítulo sobre Educação Sexual do documento intitulado "Parâmetros Curriculares Nacionais" elaborado pelo MEC, lê-se que (pag. 292):

Com a ativação hormonal trazida pela puberdade, a sexualidade assume o primeiro plano na vida e no comportamento dos adolescentes. Toma o caráter de urgência, é o centro de todas as atenções, está em todos os lugares, na escola ou fora dela, nas malícias, nas piadinhas, nos bilhetinhos, nas atitudes e apelidos maldosos, no “ficar”, nas carícias públicas, no namoro, e em tudo o que qualquer matéria estudada possa sugerir.

Ora, isso não parece exagerado? Talvez quem redigiu o texto acima padeça de tão solitário e totalizante apelo. Na faixa etária mencionada, os interesses são bem diversificados. Entre eles se incluem também os esportes, a escola, a turma de amigos, os jogos de computador e a própria família. Mais adiante, o texto afirma (pag. 296):

Nessa exploração do próprio corpo, na observação do corpo de outros, e a partir das relações familiares é que a criança se descobre num corpo sexuado de menino ou menina. Preocupa-se então mais intensamente com as diferenças entre os sexos, não só as anatômicas, mas todas as expressões que caracterizam o homem e a mulher. A construção do que é pertencer a um ou outro sexo se dá pelo tratamento diferenciado para meninos e meninas, inclusive nas expressões diretamente ligadas à sexualidade, e pelos padrões socialmente estabelecidos de feminino e masculino. Esses padrões são oriundos das representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos, e transmitidas através da educação, o que atualmente recebe a denominação de “relações de gênero”. Essas representações internalizadas são referências fundamentais para a constituição da identidade da criança.

Está aí a ideologia de gênero e a subsequente revogação que pretende promover da anatomia, da genética e dos hormônios, cujos efeitos estariam subordinados a padrões sociais. Tá bom! E o texto segue afirmando o direito das crianças ao prazer sexual, a naturalidade das manifestações e "brincadeiras" explícitas, de quaisquer natureza, às quais, na escola, se aplicaria apenas a jeitosa informação de que o ambiente não seria lá muito apropriado para isso. E adiciona: tais incontinências só deveriam ser levadas ao conhecimento dos pais quando "tão recorrentes que interfiram nas possibilidades de aprendizagem do aluno". É o legítimo caso em que o pedagogo, com objetivos desviados, erra pelo que ensina e erra pelo que deixa de ensinar.

27/01/2016

O Levantar de Faraó por Deus

Por Rev. Herman Hoeksema, Portal Monergismo

Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer. (Romanos 9:17,18, RC)

Essa passagem é a segunda parte da resposta à questão:

Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? (Romanos 9:14)

Se a questão é resolvida da forma como o apóstolo escreveu no contexto precedente – de forma que a salvação não depende de quem quer, nem de quem corre, mas de Deus mostrar misericórdia; e de forma que Deus ama um e odeia outro – diremos, então, que há injustiça da parte de Deus? A essa questão o apóstolo respondeu: “De maneira nenhuma!”. Por implicação, a resposta é que diremos que não existe nenhuma injustiça da parte de Deus. Sem dúvida, não chamaremos a Deus diante do nosso tribunal para determinar se existe injustiça n'Ele.

Pelo contrário, levaremos a questão ao próprio Deus; isto é, nos voltaremos para a Escritura e deixaremos Deus dizer se ele tem o direito soberano de ter misericórdia de quem ele quer. Assim, o apóstolo se volta para Êxodo 33:19, onde o próprio Deus declara que ele tem o direito soberano de ter misericórdia de quem quer. Deus disse a Moisés:

Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer.

Mas isso é somente metade da questão, a parte concernente ao amor de Deus e a salvação dos homens e mulheres eleitos. Agora, a outra metade da mesma questão vem à tona. Há injustiça da parte de Deus quando ele odeia alguns e quando ele não salva alguns? Há injustiça da parte de Deus quando ele fabrica alguns como vasos de ira preparados para a destruição? A essa segunda metade da questão, temos a resposta no texto.

Novamente, o apóstolo se volta para a Escritura onde Deus disse a Faraó:

Mas deveras para isto te mantive, para mostrar o meu poder em ti e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. (Ẽxodo 9:16)

No texto, o apóstolo identifica a Escritura com a própria Palavra de Deus: A Escritura disse a Faraó, isto é, Deus disse a Faraó, “para isto mesmo te levantei”. Então, o apóstolo traça a conclusão que se aplica a ambos os lados da questão, a questão sobre o amor de Deus e a questão sobre o ódio de Deus: “Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer”. É difícil para algumas pessoas crer especialmente nessa última parte da questão, pois o homem pecador é sempre inclinado a dizer a coisa errada sobre Deus. Se é difícil para ele crer na doutrina da eleição soberana, é ainda mais difícil para ele crer na doutrina da reprovação soberana. Portanto, cabe humilharmo-nos; de outra forma, não receberemos essa Palavra de Deus.

O Significado Para o que Deus levantou Faraó? E até onde esse levantar se aplica a Faraó? Deus o levantou somente a partir de um ponto de vista natural? O significado é apenas que Deus o levantou como um homem, de forma que Deus lhe deu o seu poder, seus talentos, sua posição, e sua honra; e que Deus o levantou como um rei, de forma que ele lhe deu o seu trono, reino e domínio? Ou significa também que Deus levantou Faraó em sua impiedade? Geralmente a resposta dada a essa pergunta é que somente o primeiro significado é o pretendido. A frase para isto mesmo te levantei é interpretada como significando que Deus deu a Faraó somente sua posição, sua honra, sua grandeza, seu poder, seus talentos, e o seu reino. Mas sem dúvida, esses intérpretes dizem, ela não significa que Deus o levantou em sua impiedade, de forma que Faraó em sua impiedade, em sua rebelião contra Deus, tivesse sido posto ali por Deus. Todavia, sem dúvida todas essas coisas estão inclusas.

Isso é verdade não somente com respeito a Faraó, mas também com respeito a todos os ímpios. Faraó é mencionado como um tipo de todos os ímpios. De um ponto de vista natural, Deus dá a cada ímpio sua posição, talentos, lugar e poder. Mas essa não é toda a verdade. Sem dúvida, esse não é o significado no texto. Em primeiro lugar, o contexto deixa isso claro. Sobre o que o apóstolo está falando em Romanos 9? Ele está falando sobre eleição e reprovação soberana. O apóstolo cita a Palavra a partir de Êxodo 9:16 em Romanos 9:17 e em conexão com a explicação que ele dá no versículo 18: “Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer”. Essa é uma conclusão dupla a partir de um exemplo duplo. O significado necessário é que Faraó foi endurecido para este propósito. Em segundo lugar, esse é também o significado da Palavra em Êxodo. Repetidamente, lemos que Deus endureceu o coração de Faraó.

Eu sei que isso é geralmente interpretado como significando que Deus endureceu o coração de Faraó após Faraó se rebelar e ter recusado obedecer a Palavra do Senhor. Mas essa é uma interpretação grosseira, pois já no Monte Horebe, muito antes de Moisés aparecer diante de Faraó, Deus tinha lhe dito:

Eu lhe (de Faraó) endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo. (Êxodo 4:21)

Também, em Êxodo 9, esse endurecimento do coração de Faraó é atribuído a Deus. Deus endurece o coração de todos os ímpios. Devemos saber isso. O ímpio deve saber isso, também. Se andamos nas sendas da impiedade, não devemos imaginar que fazemos o que nos apraz. Não é salutar dizer aos ímpios que eles podem fazer o que desejam. Então, eles não tremerão diante de Deus. O pecador não tremerá diante de um Deus com quem ele pode fazer o que quiser. Mas ele tremerá diante de um Deus que o tem em seu poder e que o predestinou para fazer exatamente o que ele quer.

Além disso, o texto diz que este era o propósito de Deus:

Eu o levantei exatamente com este propósito. (NVI)

O texto não diz que Deus levantou Faraó a partir de um ponto de vista natural, de forma que ele lhe deu sua posição, honra e grandeza. Não, o texto diz no original grego: “para isto mesmo eu te levantei”. Este isto mesmo era que Faraó deveria se rebelar contra Deus. Este é o propósito. Deus disse a Faraó: “Você não deve imaginar, quando se rebela contra mim, que não fazes nada contrário ao meu conselho. Para este propósito eu te levantei”. Portanto, o texto não significa meramente que Deus levantou Faraó a partir de um ponto de vista natural. Mas significa, primeiro, que Deus predestinou Faraó em seu conselho para fazer exatamente o que ele fez. Segundo, significa que Deus diz a Faraó: “O fato de você permanecer aí, Faraó, em sua rebelião ímpia contra mim não é à parte da minha obra, mas é porque eu lhe dei poder para ficar aí. Você permanece aí somente pelo meu poder.”

Se esse não é o significado, o contexto não tem nenhuma importância. Portanto, o significado é que Deus predestinou Faraó para fazer as próprias coisas que ele fez, e que ele colocou Faraó ali, em sua rebelião ímpia. É especialmente aqui que a doutrina da predestinação tem sido designada como uma doutrina dura. Conquanto você fale somente da eleição soberana de Deus, a oposição não é tão forte. Mas quando você mantém também a doutrina da reprovação soberana e diz que Deus também determinou soberanamente as obras dos ímpios, as pessoas dizem que a predestinação é uma doutrina dura. Devemos entender isso porque devemos ter algo a responder. A questão não é se defenderemos a Deus. A questão não é se julgaremos que existe injustiça da parte de Deus quando ele determina o ímpio em sua impiedade. Pelo contrário, a questão é se Deus diz que ele tem este direito.

Então, todo o contexto ensina que Deus predestinou Faraó como um vaso de ira preparado para a destruição e que como tal, Faraó teve que fazer a obra de Deus. Não diga que essa é uma doutrina dura. Se Deus diz que esta doutrina é verdade, então devemos nos humilhar e crer nela. Vejamos se esta é uma doutrina dura, ou se a alternativa é uma doutrina dura. Devemos escolher entre duas: ou os ímpios praticam a sua impiedade por seu próprio poder e força, ou Deus os coloca ali. Lembre-se: Faraó oprimiu o povo de Deus. Ele buscou destruir a igreja. Nós podemos olhar para os réprobos meramente como homens, e então nossa atitude deveria ser de piedade humilde. Mas eles não aparecem meramente como homens, mas como ímpios. E então a questão é: eles permanecem ali por seu próprio poder, ou Deus os coloca ali? Quando Israel passou pelo Mar Vermelho, eles cantaram um cântico. Por quê? Porque Deus tinha destruído os seus inimigos.

É uma doutrina dura dizer que todos os nossos inimigos estão na mão de Deus? A Realização Deus executa seu conselho de reprovação bem como seu conselho de eleição. Quando Deus executa seu conselho de eleição, ele diz: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia.” Em outras palavras, ele diz que fará de quem quiser o objeto de sua misericórdia. E quando Deus faz de alguém o objeto de sua misericórdia, ele faz com que sua graça entre em seu coração. Ele humilha e quebra esse coração e faz com que ele se volte para Cristo. Mas a Escritura ensina que o eleito vai para o céu porque Deus mostra- lhe misericórdia, e que o réprobo não vai para o céu meramente porque Deus não lhe mostra misericórdia? É esse o ensino da Escritura? Ou a Escritura dá um passo adiante e ensina que existe sempre uma operação de Deus sobre as suas criaturas, nesse caso suas criaturas morais? Devemos entender a questão.

As pessoas dizem que os eleitos vão para o céu porque Deus lhes mostra misericórdia e que os réprobos não vão para o céu porque Deus não lhes mostra misericórdia. Em outras palavras, o réprobo vai para a destruição por si mesmo. Alguns até mesmo dizem que Deus mostra misericórdia aos réprobos no tempo. Essa é a teoria da graça comum. Deus mostra graça aos réprobos, e esses caem na destruição por si mesmos. É verdade que existe uma operação graciosa sobre os eleitos, e que não existe uma operação de Deus sobre os réprobos? O texto diz: “Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer”. Há uma operação e influência dupla de Deus sobre os homens. Há uma influência salvífica de Deus sobre os homens pela pregação do evangelho, uma influência sobre a mente e vontade deles, mas existe outra influência também: ela está expressa nas palavras endurece a quem quer.

Qual é essa obra de Deus através da qual ele endurece o coração dos ímpios? Devemos observar, em primeiro lugar, que Deus trouxe sua Palavra a Faraó. A Palavra de Deus a Faraó foi que ele deveria deixar o povo de Deus partir. Faraó entendeu a Palavra de Deus. Da mesma forma, a Palavra de Deus chega hoje, não somente aos eleitos, mas também aos réprobos. Essa Palavra significa simplesmente: “Arrependei-vos!”. A Palavra de Deus a Faraó foi: “Arrependa-se!”. Segundo, Deus deu a Faraó a força para permanecer ali. Foi uma força grande que Deus deu a Faraó. Ele lhe deu força de vontade. Deus, mediante sua força, fortaleceu Faraó. De outra forma, Faraó teria se acovardado. Com medo, ele poderia ter dito, sem contudo se arrepender: “Eu deixarei o povo partir.” Visto que esse não era o propósito de Deus, ele fortaleceu Faraó. Você pode estar dirigindo seu carro para um precipício. Você pode fazer duas coisas.

Pode dar mais gás ao seu carro (e um grande gás), de forma que apresse sua destruição, ou pode aplicar os freios e fazer o carro parar. Se você der mais vapor a uma locomotiva que está em direção a um trilho quebrado, a destruição chegará mais rápido. Deus deu mais vapor a Faraó. Ele lhe deu ainda mais poder. Com esse grande poder, Faraó disse: “Não!”. Isso é o que Deus faz com todos os ímpios. Em outras palavras, Deus realiza a sua reprovação soberana em harmonia com a responsabilidade do homem. Portanto, a conclusão do apóstolo permanece: Ele compadece-se de quem quer e endurece a quem quer. O Propósito Por quê? Qual é o propósito? O versículo 17 diz: “para em ti mostrar o meu poder”. Deus queria mostrar seu poder em Faraó; isto é, Faraó devia servir ao propósito de Deus para que o poder de Deus pudesse ser manifesto.

Que poder é esse? O que Deus quis dizer quando disse a Faraó: “para em ti mostrar o meu poder”? Deus queria dizer meramente, “para que eu possa mostrar que sou mais forte que você?”. Isso não mostraria o poder de Deus. Deus contra o pequeno Faraó? Isso não revelaria o poder divino. O poder divino não é um poder mais forte. Deus não mostra que ele é mais forte. Deus não precisa lutar. Um deus que luta não é deus. Se essa é a nossa concepção, temos uma concepção pequena e errônea de Deus. Deus não quer mostrar que ele é mais forte. Talvez existisse algum homem que poderia fazer isso. Poderia existir algum outro rei que poderia mostrar a Faraó que ele era mais forte que Faraó. Quando Deus diz, “para em ti mostrar o meu poder”, ele quer dizer que ele mostrará seu poder divino. E o poder divino de Deus é que ele é Deus, que somente ele é Deus, que não existe nenhum poder fora dele, e que ele cumpre toda a sua boa vontade.

Eu te levantei Faraó, e lhe mostrarei que eu sou Deus, e que somente eu sou Deus, e que você e todos os ímpios apenas me servem.. Essa é a idéia. Esse é o propósito de Deus. Assim, o propósito se torna que o nome de Deus pode ser declarado por toda a terra. Esse é o propósito de Deus com respeito a todos os poderes dos ímpios. Os ímpios não podem dizer: “Nós também temos poder.” Isso foi prometido no paraíso: “Sereis como Deus” (Gênesis 3:5)

Essa voz deve ser silenciada. O nome de Deus ser declarado por toda a terra. O justo deve declarar esse nome de Deus de uma dupla forma. De um lado, devemos dizer que aos ímpios, quando se enfurecem contra Deus: “Quero que você entenda que foi para este propósito que Deus te levantou.” Esse é o chamado prático da igreja. Lembre-se: isso não foi dito a Faraó após a sua destruição. Isso foi dito a ele enquanto ele permanecia em sua rebelião.

Moisés teve que dizer a Faraó, enquanto ele permanecia ali em sua rebelião contra Deus: “Para este propósito Deus te levantou.” A igreja nunca deve dizer algo diferente para os poderes dos ímpios. É uma vergonha ao nome de Deus que as igrejas digam aos ímpios: “Ó, como Deus gostaria que você se achegasse a ele. Por favor, você não quer vir?”. A igreja verdadeira deve dizer aos ímpios, enquanto eles se enfurecerem contra Deus e a sua igreja: “Para este propósito Deus te levantou.” O tempo virá quando os ímpios farão à igreja o mesmo que Faraó fez a Israel. O que diremos então? Devemos dizer: “Para este propósito Deus te levantou.” Assim, pela fé, teremos a vitória. Por outro lado, o povo de Deus deve sempre confessar: “Tu tens sido misericordioso para conosco; esse é o motivo de termos sido salvos.” Esse é o porquê essa doutrina não é contrária ao “quem quiser.” É verdade, essa é uma doutrina dura, mas para quem? Para o ímpio que não se arrepende.

Mas não é dura para aquele que se arrepende. Contudo, quando nos arrependemos, não devemos dizer: “Fui eu.” Antes, devemos dizer: “Foi Deus quem mostrou misericórdia. Sua é a glória e o louvor para sempre.” E então seu nome será declarado por toda a terra.

Fonte: Righteous by Faith Alone, Herman Hoeksema, Reformed Free Publishing Association, capítulo 59.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

23/01/2016

A Exaltação de Cristo (C. H. Spurgeon)

Sermão proferido na manhã do domingo de 2 de novembro de 1856,
pelo Rev. C. H. Spurgeon na New Park Street Chapel, Southwark (Inglaterra).

Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a Glória de Deus Pai. (Filipeneses 2:9-11)

Quase lamento ter me arriscado a ocupar esse púlpito nesta manhã, porque me sinto extremamente incapaz de pregar para benefício de vocês. Eu tinha pensado que a quietude e o repouso das duas últimas semanas tivessem afastado os efeitos daquela terrível catástrofe; mas ao voltar ao mesmo lugar e, mais especificamente, de pé aqui para lhes dirigir a palavra, sinto algo daquelas mesmas emoções dolorosas que por pouco não me abateram antes.

Tradução: Cláudio Marra Jr.
Revisão: Vanderson Moura da Silva.
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