09/10/2015

A Sabedoria do Luto

Por Israel C. S. Rocha.

Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria. (Eclesiastes 7:2 e 4)

Se por um lado as alegrias da vida tornam suportável os dissabores de nossa existência, o luto nos trás a sabedoria pela reflexão a que nos obriga. No luto não há arrogância, não há vaidade, nem raças, nem pobres e ricos, nem soldados e generais. Plebes e nobres se nivelam na dor, no sofrimento e na angústia de não mais ter alguém querido por perto.

O luto lembra a efemeridade da matéria e nos faz refletir sobre nós mesmos e o quanto é frívola nossa busca por riquezas terrenas, as quais nos tomam um precioso tempo. Como o tempo que poderia ter sido usado para passar mais tempo com a pessoa que se foi.

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. (Mateus 6:19,20)

Quantas vezes diremos a quem nos ama: "não tenho tempo"? E depois nos remoeremos corroídos pela saudade e a dor por não poder voltar no tempo.

Jesus sofreu a dor do luto por Lázaro e chorou, os céus se enlutaram pela morte de Cristo na Cruz e nós estamos em permanente luto uma vez que morremos com Cristo para o mundo. Mas as bodas do Cordeiro virão e não mais estaremos em luto, pois ressucitaremos em glória com o Noivo e moraremos na Etenidade com Cristo, onde não haverá nem morte, nem choro, nem luto, nem tempo.

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25)