Por Israel C. S. Rocha.
Quantas calamidades precisará derramar o Senhor para que seu povo deixe o egito para adorá-Lo?!
O livro de Êxodo diz que Deus ouviu o gemido de seu povo que estava escravizado no Egito (Êxodo 2:24-25). O Senhor então envia Moisés à Faraó para que o povo seja liberto para adorar a Deus no Deserto. Faraó recusa-se a atender os pedidos de Moisés e Deus então envia 10 pragas que assolam o Egito terrivelmente.
Permita-me fazer uma analogia: Faraó como sendo nossa concupiscência, a escravidão do pecado que nos impede de servir e adorar a Deus. Ora, somos escravizados pelo pecado assim como o povo da promessa o era por Faraó; também somos povo de Deus, adquiridos pelo sangue de Cristo na Cruz do Calvário, todavia, por vezes:
- nascemos escravos no Egito;
- escravizados pelo pecado; ou
- o egito contamina a mentalidade do povo de Deus
fazendo-o desviar do Caminho do Senhor.
E então vem a calamidade e a tragédia para que nosso "Faraó", isto é, nossos desejos carnais sejam vencidos por nosso espírito para adorarmos a Deus "em Espírito e em Verdade". Faraó representa isto: nossa carnalidade e anseio pelas coisas que desagradam a Deus e que nos impedem de ter uma vida consagrada de adoração a Jesus.
Muitas pragas tem sido lançada contra esta nação, por que o povo de Deus recusa-se a deixar o egito. Recusa-se a deixar as coisas que não agradam ao Senhor e a viver uma vida de oração e adoração. Mas quando lembra-se o Senhor de sua aliança por meio de Cristo, "Moisés" são enviados para interceder, homens como David Wilkerson, Paul Washer, David Owour, Billy Graham e muitos outros, tem sido enviados para alertar a igreja sobre o que está por vir. O mundo jaz em calamidades, guerras e rumores de guerra, um cumprimento profético do apocalipse, mas também um alerta de Deus para despertamento de seu povo para que deixe o comodismo e a idolatria do egito e vá para o deserto adorar a Deus.
A última praga foi a morte dos primogênitos. A última e derradeira tentativa de Deus de nos libertar quanto obstinadamente continuamos com o coração endurecido é matar aquilo que mais amamos. Somente após a morte dos primogênitos, Faraó libertou o povo de Deus deixando-os ir. E quanto a nós? Quantas calamidades e tragédias pessoais precisamos para que o "faraó de nossos concupiscências" - nosso ego - nos liberte para adorarmos e servimos ao Senhor?! Precisará Deus tocar no que mais amamos?!
Amados, quando somos libertos do poder do pecado, da escravidão de nosso concupiscências, quando somos libertos de Faraó, começamos uma longa caminhada com Deus pelo Deserto, os desejos da carne nos perseguirão, mas pela fé, oração e perseverança o Mar Vermelho abrir-se-á, passaremos em segurança e o exército de Faraó será destruído. Faraó continuará vivo e muitos outros inimigos nos cercarão: o sol, o frio, o desânimo, cansaço, depressão, serpentes e todos os demais perigos do Deserto buscarão nos destruir, mas Deus nos sustentará e nos guiará à Terra Prometida. Deus derramará o Maná do Espírito Santo e nos susterá até o Grande Dia. A caminhada pelo Deserto é exaustiva e difícil - certamente pereceríamos não fosse a mão do Senhor - ela também é necessária para:
- Mostrar quem somos ao revelar nossas fragilidades, nossos medos, angústias
- Mostrar que dependemos de Deus
- Eliminar a mentalidade de escravo do pecado
- Eliminar a murmuração e a idolatria
A caminhada pelo Deserto nos aproxima de Deus, nos revela o quanto somos gafanhotos sozinhos e gigantes com Ele, arranca de nós o egito, o pecado, a carnalidade e nos prepara para entrar na Nova Jerusalém.