08/03/2016

Livro de 1500 anos foi anunciado pelo Irã como o fim do Cristianismo

Por Israel C. S. Rocha.

Confiscado de contrabandistas no ano 2000 e trazido a público em 2012, as revelações do livro de 1500 anos, contendo suposto evangelho de Barnabé, são anunciadas pelo Irã como o fim do cristianismo.

Escrito em couro animal, acredita-se que o livro é uma autêntica versão do evangelho de Barnabé, um dos discípulos de Jesus. O livro teria sido descoberto por autoridades turcas em uma operação anticontrabando e, segundo autoridades religiosas iranianas, o texto afirma que Jesus nunca foi crucificado e que Ele previu a vinda do profeta Maomé.

Segundo o Irã, o livro do século V foi escrito em Siríaco, um dialeto do Aramaico e prediria a vinda do último messias islâmico - o Mahdi.

No capítulo 41 do livro é dito estar escrito:

Deus se encobriu como Arcanjo Miguel e expulsou Adão e Eva do paraíso e quando ele se voltou percebeu que no topo do portão para o céu estava escrito: 'La elah ela Allah, Mohamad rasool Allah', que significa 'Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta'.

Phil Lawler, escritor e ativista católico, questiona que se o documento foi escrito no século V ou VI ele não poderia de forma alguma ter sido escrito por Barnabé que esteve em viagem com Paulo cerca de 400 anos antes. Segundo Lawler a correta datação do livro é fundamental, pois, por volta do século VII não era preciso muita clarividência para prever o aparecimento de Maomé. Enquanto Teerã crê que a descoberta pode arruinar a crença cristãm Lawler define a situação como risível propaganda anticristã islâmica.

O livro de Atos dos Apóstolos registra:

E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. (Atos 13:1-4)
E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus, O qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus. Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul. Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele, Disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? (Atos 13:6-10)

O Mahdi

No artigo, Walid Shoebat e o Anticristo Islâmico: o Mahdi, Shoebat, dissidente da OLP (organização para Libertação da Palestina) afirma que o Mahdi esperado pelo mundo muçulmano é o Anticristo bíblico. Fato é que estamos vivendo uma "campanha de desinformação" e operação do engano. Concordo com Lawler quando ele afirma que por que surgiu um texto alegadamente atribuído a Barnabé, ele é verdadeiro? E vou além, o messias que veio ao mundo para salvar os eleitos da condenação eterna foi profetizado por Isaías, Jeremias, Daniel e tantos outros muitos séculos antes. Jesus veio em nome do Pai, entregue ao mundo como sacrifício substitutivo cumprindo toda a milenar Lei mosaica. Na cruz ou não, seu sangue foi derramado para remissão dos pecados como Cordeiro de Deus em simbólica alusão aos cordeiros sacrificados no Templo do Senhor.

Mahdi (em árabe: مهدي, transl. Mahdī, "O Guiado") ou Mehdi, de acordo com as versões xiitas e sunitas da escatologia islâmica, é o redentor profetizado do Islã, que permanecerá na Terra por sete, nove ou dezenove anos (de acordo com as diferentes interpretações) antes da chegada do dia final, o Yawm al-Qiyamah (lit. "Dia da Ressurreição"). Os muçulmanos acreditam que o Mahdi, juntamente com Jesus, livrará o mundo do erro, da injustiça e da tirania.

O Mahdi não é mencionado de maneira explícita no Corão, nem nas primeiras compilações de hadiths consideradas autênticas pelos sunitas, como o Sahih al-Bukhari (embora conste de seis outros destes livros); alguns teólogos sunitas, por este motivo, questionam as crenças mahdistas, que formam, no entanto, uma parte fundamental da doutrina xiita.

O advento do Mahdi não é uma crença aceita universalmente pelos muçulmanos, especialmente os sunitas, e entre os que o aceitam existem diferenças básicas, entre as diferentes seitas e correntes do islamismo, acerca de quando esta sua vinda se dará e da natureza de seus atos. O Mahdi é importante para os sufis, e é uma ideia poderosa e central no credo xiita, que prega que ele é o Décimo-Segundo Imã, Muhammad al-Mahdi, que retornará da ocultação.

(Fonte: Wikipedia)

As profecias sobre Jesus

As profecias registradas no livro de Isaías, datam de aproximadamente 400 a.C. e revelam:

Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. (Isaías 53:2-7)

Ainda é dito sobre Jesus que "agradou a Deus moê-lo (Isaías 53:10)". Outra profecia também registrada em Isaías revela que:

Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. (Isaías 7:14)

Todo o Antigo Testamento anuncia Jesus (transliteração de Yeshua), desde o princípio. Todas as profecias, inúmeras simbologias, todas apontam para e anunciando Jesus. O Novo Testamento é um fiel cumprimento de Jesus das profecias e da Lei. Se o cânon bíblico foi decidido na sorte ao lançar escritos sobre uma mesa durante o Concílio de Nicéia eu não sei, mas o que, pela fé, temos em mãos é um livro coeso, inspirado pelo Espírito Santo contendo o que importa para sermos salvos.

A Bíblia é um livro que mostra a desgraça do homem sem Deus, a tragédia do pecado e o milagre da Redenção por Jesus Cristo. Mostra os erros individuais, o erros das religiões, mostra a Lei que nos condena ao Inferno e a Cristo como único mediador entre Deus e o homem. Não será um antigo escrito perfeitamente forjável por anticristos, que sempre existiram na história, a abalar a fé estabelecida no Gólgota, a fé comprada com precioso Sangue de Cristo e com lágrimas e sangue dos mártires.

Concluo voltando ao capítulo 13 do livro de Atos, em que Paulo e Barnabé analisam o desígnio de Deus do Êxodo do povo hebreu do Egito à morte e ressurreição de Cristo:

O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e exaltou o povo, sendo eles estrangeiros na terra do Egito; e com braço poderoso os tirou dela; E suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos. E, destruindo a sete nações na terra de Canaã, deu-lhes por sorte a terra deles.

E, depois disto, por quase quatrocentos e cinqüenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel. E depois pediram um rei, e Deus lhes deu por quarenta anos, a Saul filho de Cis, homem da tribo de Benjamim. E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade. Da descendência deste, conforme a promessa, levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel;

Tendo primeiramente João, antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo de arrependimento. Mas João, quando completava a carreira, disse: Quem pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés.

Homens irmãos, filhos da geração de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a vós vos é enviada a palavra desta salvação. Por não terem conhecido a este, os que habitavam em Jerusalém, e os seus príncipes, condenaram-no, cumprindo assim as vozes dos profetas que se lêem todos os sábados.

E, embora não achassem alguma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura; Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos. (Atos 13:17-30)